Conduzido por convidados nacionais e internacionais, especialistas em cânceres ginecológicos, o 6° Simpósio Nacional EVA de Tumores Ginecológicos será realizado de maneira presencial nos dias 3, 4 e 5 de agosto de 2023. O evento, organizado pelo Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), terá como palco o Hotel Meliá Paulista, em São Paulo. A atividade reunirá ginecologistas, oncologistas clínicos, cirurgiões oncológicos, radioterapeutas, patologistas, residentes, acadêmicos e outros especialistas, que tenham conexão com a área oncológica e buscam atualizações das últimas novidades em ginecologia oncológica.
Os participantes vão ter acesso às pesquisas de diagnóstico e tratamento de câncer de colo do útero, endométrio, ovário e tumores raros. No simpósio, especialistas ainda vão debater temas como: campo da Imunoterapia no câncer ginecológico, estadiamento cirúrgico e a classificação molecular do câncer de endométrio, preservação da fertilidade em câncer do colo do útero, inovações nos tratamentos para tumores ginecológicos, rastreamento e prevenção do câncer do colo do útero, saúde sexual após o diagnóstico de câncer ginecológico, neoplasia trofoblástica gestacional e neoadjuvância (radioterapia e/ou quimioterapia antes da cirurgia) em câncer de ovário.
Programação do 6° Simpósio Nacional EVA de Tumores Ginecológicos – A programação científica tem início na quinta (3), às 18h, trazendo atualizações sobre biópsia líquida com a oncologista clínica Angélica Nogueira, que falará sobre DNA tumoral circulante: possíveis implicações no manejo dos tumores ginecológicos. Angélica, fundadora do EVA, é chair de Ginecologia Oncológica do Latin American Cooperative Oncology Group (LACOG) e diretora da DOM Oncologia. Na sequência, aula sobre terapia celular no câncer ginecológico com a médica Mirella Nardo, pesquisadora de pós-doutorado no MD Anderson Cancer Center, dos Estados Unidos.
No segundo dia de evento, às 8h40, iniciam as discussões do Módulo Endométrio. Começa com a apresentação de Georgia Fontes Cintra, médica especialista em câncer ginecológico e em cirurgia ginecológica avançada por videolaparoscopia ou robótica e mentora internacional na Sociedade Internacional de Câncer Ginecológico. Ela vai falar sobre o estadiamento cirúrgico do câncer de endométrio na era da classificação molecular. Outros temas do módulo são particularidade no tratamento do câncer de endométrio nos casos de preservação de fertilidade e como a imunoterapia mudou o tratamento do câncer de endométrio recorrente/metastático. Haverá também a discussão de casos clínicos.
No início da tarde, às 14h, haverá a apresentação do Módulo Colo do Útero. Audrey Tieko Tsunoda, cirurgiã oncológica do Departamento de Ginecologia Oncológica do Hospital Erasto Gaertner e do Instituto de Oncologia do Paraná, vai falar sobre o rastreamento do câncer de colo do útero em mulheres com menos de 25 anos e mais de 65 anos. O método principal e mais amplamente utilizado para rastreamento do câncer do colo do útero é o exame de Papanicolaou. Na sequência, o tema que será abordado por Jesus Carvalho, médico ginecologista Oncológico e Chefe de Equipe de Ginecologia na Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – ICESP, será a sub-vacinação contra HPV, falha na prevenção do câncer do colo do útero e o que fazer para superar. A cobertura vacinal contra o HPV apresenta queda nos últimos anos no Brasil, representando risco de aumento de casos de câncer. Outros temas do módulo vão tratar sobre a abordagem cirúrgica no câncer de colo uterino inicial e os avanços nas técnicas de radioterapia externa e braquiterapia no câncer de colo de útero.
Após as apresentações, Andrea Paiva Gadelha Guimarães, oncologista clínica do A.C.Camargo Cancer Center e coordenadora de Apoio ao Paciente e Advocacy do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), vai apresentar na sessão especial a temática sobre a saúde sexual após câncer ginecológico. Finalizando o segundo dia de simpósio, Reitan Ribeiro, cirurgião com residência em oncologia cirúrgica pelo Hospital Erasto Gaertner (Hospital do Câncer do Paraná), esclarece sobre a preservação de fertilidade em paciente com câncer de colo uterino. Outros temas como, recaída nodal/locorregional do câncer de colo uterino, se devemos usar status de PD-L1 para definir tratamento do câncer do colo do útero recorrente/metastático e o papel dos ADC e outras terapias alvo no tratamento do câncer do colo do útero metastático/recorrente, fecham o segundo dia de simpósio.
O terceiro e último dia inicia às 8:30 com o Módulo Temas Gerais/Raros. O espaço vai contemplar os avanços no tratamento da neoplasia trofoblástica gestacional: o padrão e perspectivas futuras em imunoterapia/terapia alvo, o papel da quimioterapia em câncer de vulva e a experiência de sobrevivência em câncer ginecológico: quais os grandes desafios? Na sessão especial, Patrícia Maria Almeida Silva, médica ginecologista e citopatologista da Clínica IDEM – Vera Harfush, vai falar sobre os cuidados oncológicos em pacientes de minorias sexuais e de gênero.
Na sequência, às 10h20, o evento contemplará o Módulo Ovário. Haverá aulas que abordam se a classificação O-RADS deve ser o padrão; neoadjuvância em câncer de ovário e testes HRD em câncer de ovário: quando solicitar, porquê e quais suas limitações. Acontecerá também a discussão de casos clínicos. Considerado o mais letal tumor ginecológico, de acordo com o New Global Cancer Data (GLOBCAN 2020), o número de mulheres diagnosticadas com câncer de ovário e mortes aumentará em 42% e 50%, respectivamente, até 2040, no mundo.
O debate sobre esse câncer se estende até a tarde, com aulas que vão abordar o papel da cirurgia no câncer de ovário recorrente sensível a platina. Fernando Maluf, médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, e especialista da área de Oncologia Clínica, vai falar sobre a melhor estratégia no tratamento do câncer de ovário após uso de iPARP. Fechando a tarde de simpósio, Andreia Melo, chefe da Divisão de Pesquisa Clínica do INCA, oncologista do Grupo Oncoclinicas e diretora de pesquisa do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), divulga na sessão especial o panorama da pesquisa clínica em câncer ginecológico no Brasil. Em seguida, Glauco Baiocchi Neto, cirurgião oncológico e presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), apresenta os destaques nas publicações brasileiras em onco-ginecologia no ano de 2022-2023.
A oncologista clínica Daniele Assad Suzuki, diretora de Ensino do EVA, faz parte da comissão organizadora e reitera o convite aos profissionais para participarem do 6° Simpósio Nacional EVA de Tumores Ginecológicos: “O simpósio anual do grupo EVA é nosso evento mais importante, no qual temos a oportunidade de nos aprofundar no que há de mais atual para o tratamento das pacientes, além de podermos encontrar colegas de todo o país”, convida.
Profissionais da área da saúde podem se inscrever de forma gratuita pelo site, clicando aqui: https://educperm30.abmnet.org/home
3º Workshop EVA para pacientes – Paralelamente ao simpósio, ocorrerá no dia 4 de agosto, no Hotel Meliá Paulista, o 3º Workshop EVA para pacientes será realizado das 14h às 18h, em formato híbrido, com o tema “Diversidade, inclusão e a busca por equidade na assistência à paciente com câncer ginecológico”. Contará com participação de quase 30 especialistas na área da saúde e oito pacientes com câncer ginecológico falando sobre novas perspectivas de tratamento do câncer ginecológico e suas sequelas, a importância das associações de pacientes e poder público na redução das desigualdades de desfechos entre as minorias.
No workshop, haverá a participação e inserção do olhar das pacientes nas discussões, em todos os eixos da linha de cuidado, desde a prevenção, diagnóstico, tratamento, políticas públicas e ressignificação da vida após o diagnóstico de câncer. O Painel I vai falar da Prevenção, discutindo a Importância do Estilo de Vida, Exames de rotina, Genética e Vacinas e a prevenção no Brasil. Será moderado por Daniele Assad Suzuki, graduada em Medicina pela Universidade de Brasília Residência em Clínica Médica pelo Hospital de Base do Distrito Federal. Em seguida, o painel II vai trazer temas sobre o Diagnóstico e Tratamento e será moderado por Marcela Bonalumi, Oncologista Clínica.
Já o Painel III é voltado para o debate de Políticas Públicas, onde serão abordados a importância das Associações de Pacientes e Poder público na redução das desigualdades de desfechos entre as minorias. Os médicos Fernando Maluf e Andrea Paiva Gadêlha Guimarães moderam as conversas. Na sequência, o painel IV Sobre VIVER pós câncer, será apresentado por Solange Sanches, oncologista clínica do A.C.Camargo Cancer Center, encerrando assim a tarde de discussões entre especialistas e pacientes.
Interessados podem se inscrever aqui:
https://www.sympla.com.br/evento/3-workshop-eva-para-pacientes/2069405
Tumores ginecológicos em números – Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estão previstos 704 mil novos casos de câncer por ano no Brasil até 2025. O câncer ginecológico é um dos mais incidentes nas mulheres, sendo que os três órgãos do sistema reprodutor feminino mais acometidos por tumores malignos são colo do útero, ovário e corpo do útero (endométrio), que somam 32,1 mil novos casos anuais.
O EVA, composto por um grupo multidisciplinar para ensino, pesquisa e extensão, tem atuado para promover educação e conhecimento. Por isso, convida profissionais a participar do 6° Simpósio Nacional EVA de Tumores Ginecológicos.
Sobre o Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) – O EVA é uma associação sem fins lucrativos, composta em sua maioria por médicos, que tem como missão o combate ao câncer ginecológico. Seu time, multiprofissional, atua com foco na educação, pesquisa e prevenção, assim como promove apoio e acolhimento às pacientes e aos familiares.
A idealização e a organização do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos foram iniciadas pela oncologista clínica Angélica Nogueira Rodrigues, no Hospital do Câncer II do Instituto Nacional de Câncer (INCA). A primeira reunião ocorreu em 12 de março de 2010 e o nome Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos passou a ser utilizado a partir desta data.
A primeira reunião para nacionalização do grupo ocorreu no Congresso da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), em 2013, na cidade de Brasília. O nome EVA foi resultado de uma reunião neste evento e foi sugerido pela oncologista clínica, coordenadora da área de apoio ao paciente (advocacy) do grupo, Andréa Paiva Gadelha Guimarães. O ginecologista oncológico Glauco Baiocchi Neto é o diretor-presidente do EVA na gestão 2023-2024.