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O Dia Mundial da Pneumonia, comemorado em 12 de novembro, reforça a importância da conscientização sobre essa infecção respiratória grave, uma das principais causas de morte entre adultos e crianças. A data visa sensibilizar a população e autoridades para os cuidados necessários no combate à doença, que em 2019 foi responsável por 2,5 milhões de óbitos em todo o mundo, incluindo 672 mil crianças.
No Brasil, a pneumonia ocupa posição de destaque nas internações do Sistema Único de Saúde (SUS), que registra anualmente mais de 600 mil internações por Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) e Influenza. Apenas de janeiro a agosto de 2022, foram 44.523 mortes por pneumonia no país, um aumento expressivo em relação ao mesmo período de 2021, que contabilizou 31.027 óbitos.
Para a pneumologista Robertina Pinheiro, docente do Instituto de Educação Médica (DOMED), entender as origens e os grupos de risco é essencial para a prevenção. “A pneumonia é um processo inflamatório causado por agentes infecciosos, como bactérias, vírus, parasitas e fungos. A população geralmente associa a doença a bactérias, mas outros micro-organismos também são responsáveis”, explica. Ela ressalta que os grupos mais vulneráveis incluem crianças pequenas e idosos, bem como pessoas com doenças crônicas, como diabetes e insuficiência cardíaca, que comprometem o sistema imunológico. “A idade avançada e condições de saúde que diminuem a imunidade são fatores de risco, assim como o uso de imunossupressores em certos tratamentos.”
A especialista destaca que hábitos saudáveis e a vacinação são as principais formas de prevenção contra a pneumonia. “Manter uma boa alimentação, cuidar das doenças crônicas e não interromper os tratamentos são essenciais para fortalecer a imunidade. Além disso, a vacinação anual contra os vírus da influenza e COVID-19 é fundamental para reduzir o risco de infecções pulmonares”, afirma Robertina.
Os sintomas da pneumonia geralmente incluem tosse com secreção amarelada, febre alta e dor no tórax, podendo ser confundidos com sintomas de outras infecções respiratórias, como a gripe. Segundo a pneumologista, a diferença está na duração e na intensidade dos sintomas. “Nas infecções bacterianas, os sintomas costumam persistir ou piorar após cinco dias, com secreção mais espessa e amarela, enquanto em infecções virais os sintomas tendem a melhorar após esse período”, explica.