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    Campanha conscientiza população brasileira sobre perda de audição

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    Estima-se que em 2060, o número de brasileiros acima de 60 anos seja superior ao de jovens e que os “idosos” correspondam a 30 milhões de pessoas, número maior se comparado a quantidade de crianças com até 9 anos de idade nos dias de hoje, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto a longevidade é celebrada, entidades acionam o sinal de alerta para diversas doenças ou problemas de saúde mais perceptíveis em adultos na fase senil. 

    Uma destas entidades é a Sociedade Brasileira de Otologia (SBO), que alerta para um problema que começa antes dos 60 anos e que piora com o passar dos anos: a perda de audição. Segundo o IBGE, existem no Brasil mais de  1,5 milhão de pessoas com deficiência auditiva com mais de 60 anos, mas, ainda segundo a instituição, esse número pode ser revertido com “intervenções oportunas e eficazes”. Ou seja, com apoio médico e tratamento adequado, é possível evitar o agravamento do problema.

    Apesar dos altos índices, a busca por especialistas, como otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos não é regular. Com isso, a audição é deixada de lado, causando graves consequências para a população. Por isso, foi criada a campanha “Já foi ao seu otorrino esse ano?”, com o objetivo de reforçar a  importância dos cuidados com a saúde auditiva. O intuito do projeto é conscientizar as pessoas de que é necessário incluir uma avaliação da audição no check-up regular de saúde.

    “Nosso principal objetivo é incentivar as pessoas a checarem sua audição periodicamente, da mesma forma que fazem com outros aspectos da saúde”, afirma Maria Branco, fonoaudióloga da Microsom, empresa idealizadora da campanha.

    Prioridade

    A deficiência auditiva tornou-se uma prioridade para a Organização Mundial de Saúde e assim foi criada a Lancet Commission for Global Hearing Loss (Wilson et al., 2019), com o objetivo de fomentar discussões sobre políticas públicas de prevenção e tratamento da perda auditiva. Segundo esta comissão, a perda auditiva está na lista dos fatores de risco modificáveis – ou seja, que podem ser controlados na tentativa de prevenção das demências (Livingston et al., 2017). Modificar estes fatores de risco pode prevenir ou atrasar até 40% as demências e, com relação à perda auditiva, é preciso incentivar o uso de próteses auditivas e proteger a audição evitando a exposição excessiva ao ruído (Livingston et al., 2020).

    “Essa campanha é muito importante para reforçar para toda a população a necessidade de cuidar da saúde auditiva. Muitos riscos podem ser minimizados ou evitados com avaliações periódicas. E nossa parceria busca reforçar essa ideia e informar a população sobre como evitar a perda auditiva”, acrescenta o doutor Arthur Castilho, presidente da SBO. 

    Demência

    De acordo com a fonoaudióloga Maria Branco, a procrastinação na busca por ajuda profissional é o principal motivo do crescente número de pessoas com problemas de audição. “Passam parte da sua vida em privação auditiva, ou seja, ficam muito tempo sem tratar. Isso é um grande perigo, pois essa perda tem impacto em diversos aspectos da vida das pessoas, incluindo na comunicação, além do emocional e social”, comenta.

    Um dos principais alertas no cuidado com a audição é em relação à demência. Segundo um estudo da Faculdade John Hopkins, nos Estados Unidos, perda auditiva leve pode dobrar a chance de demência em idosos. E essas chances aumentam em até cinco vezes em casos graves.

    A perda auditiva ainda está relacionada a outros fatores, como isolamento social e solidão; depressão, problemas de equilíbrio e queda; doenças cardiovasculares; diabetes; e aumento da mortalidade.

    Prevenção

    Ainda segundo a OMS, apenas 17% das pessoas que poderiam se beneficiar do uso de aparelhos auditivos o fazem. Isso significa que 83% da população que enfrenta essas condições não busca tratamento adequado.

    Maria explica que a melhor forma de evitar isso é justamente o acompanhamento regular. “É muito importante incentivar as pessoas a avaliar a audição ao longo da vida e, se detectada a perda, iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível, evitando ou diminuindo esses impactos negativos na vida das pessoas”, explica a especialista.

    Ela conta que outra forma de prevenção é evitar a exposição prolongada a ruídos fortes. Em alguns casos, como em profissões em que há muito barulho, como obras, salão de cabeleireiro e até mesmo consultórios dentários, ela indica o uso de protetores auriculares.

    E, se ainda assim houver perda auditiva ao longo da vida, o uso de aparelho é recomendado. Segundo Maria, este também é um impeditivo para que as pessoas procurem ajuda, já que no imaginário das pessoas, os aparelhos são esteticamente desagradáveis. Porém este não é o caso, já que a tecnologia segue evoluindo e os equipamentos modernos são menores e mais discretos.

    Em 2022, a OMS também lançou um novo padrão para combater a perda auditiva, que inclui recomendações para locais e eventos, incluindo nível sonoro máximo de 100 decibéis, otimização acústica de ambientes e disponibilização de proteção auditiva individual.

    • A organização ainda indica formas para proteger a audição:
    • Manter o volume baixo em dispositivos de áudio;
    • Usar fones de ouvido bem ajustados e com cancelamento de ruído;
    • Usar tampões de ouvido em locais barulhentos;
    • Fazer check-ups auditivos regulares.

    Sobre a Sociedade Brasileira de Otologia – Fundada em 1969, a Sociedade Brasileira de Otologia (SBO) congrega os médicos especializados e atuantes em otologia, ramo da medicina que estuda a anatomia, fisiologia e as doenças do ouvido. Dedica-se à valorização da medicina, em prol da saúde auditiva. Ao longo de mais de 50 anos atua na prevenção de doenças que limitem a audição das pessoas e combate o excesso de barulho da sociedade moderna, além de promover a Campanha de Saúde Auditiva.

    By Jordan Vall

    É Jornalista, com uma maior atuação na cultura e entretenimento. Deu início a sua carreira na televisão na TV Unifor, como produtor, repórter e apresentador do principal jornal da emissora universitária. O profissional já foi produtor e comentarista de um quadro do Programa Matina, na TV União. No “Deu O Que Falar”, quadro semanal da emissora aberta, comentava sobre o mundo dos famosos, levava pautas relevantes para a sociedade, através das notícias das celebridades. Foi durante 2 anos, produtor, diretor e repórter na TV Otimista e atualmente é assessor de comunicação, CEO na Assertiva Comunicação e Colunista do Portal Conexão Magazine (Portal de Notícias no Rio de Janeiro). Como amante da moda, foi convidado para ser jurado da 6ª edição do Salão de Moda Ceará. Além de todas essas atuações, Jordan é CEO/Fundador e repórter no In Fluxo Portal, tratando de pautas culturais, cobertura de eventos e muito mais. O profissional também atua como modelo e influenciador digital.Instagram: @jordan_vall / contato comercial: jordanvall@influxoportal.com

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