A Semana Nacional de Prevenção ao Câncer Bucal, celebrada de 1° a 7 de novembro, foi instituída para educar e alertar a população sobre a doença, que ainda gera dúvidas frequentes. Mais de 15 mil novos diagnósticos de câncer de boca e orofaringe são realizados anualmente no Brasil, dentre os quais cerca de 11 mil acometem os homens, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Um dos maiores desafios no combate à patologia é a desinformação, reiterando a importância da campanha.
A cirurgiã-dentista da Hapvida Interodonto, Ana Luísa Nolasco, elucida sobre os principais pontos do câncer bucal.
O que é o câncer bucal?
O câncer bucal é um tumor maligno que afeta lábios, gengiva, bochecha, palato e língua. Os sintomas se manifestam de várias formas, a exemplo de lesões na cavidade oral ou nos lábios, sem cicatrização por mais de 15 dias, podendo apresentar agravamento e sangramento, manchas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, céu da boca ou bochechas, nódulos na região do pescoço e rouquidão persistente. Em casos mais avançados, pode apresentar dificuldade na mastigação, ao engolir, na fala, sensação de algo preso na garganta e dificuldade na movimentação da língua.
Quais são os principais fatores de risco?
Os principais fatores de risco são exposição ao sol, álcool, fumo, higiene bucal inadequada, dentre outros.
De que forma pode ser realizada a prevenção?
A prevenção deve feita no autoexame para detectar possíveis alterações para que se tenha um diagnóstico inicial e o tratamento ideal. Realize o autoexame na frente do espelho para visualizar melhor e observar o palato, a língua, a gengiva, os lábios e o assoalho bucal, além da área do pescoço, podendo observar alterações na coloração, manchas, feridas ou nódulos. Lembrando que o autoexame não substitui o exame clínico com o profissional especializado.
Qual a importância do diagnóstico precoce?
O diagnóstico precoce é importante para que se tenha uma maior chance de cura e um aumento da qualidade de vida e de sobrevida dos pacientes.