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Redes sociais e prejuízo a saúde mental: ansiedade e depressão são os sintomas mais comuns

Que as redes sociais fazem parte do cotidiano da maioria das pessoas já não se pode negar. Entretanto, a excessiva quantidade de horas on-line, o monitoramento à distância da vida de amigos e ex-parceiros e a inevitável comparação com outras pessoas – seja no aspecto financeiro, físico ou sentimental – vem custando cada vez mais caro a saúde mental da população.

Segundo estudos da Royal Society for Public Helath, instituição inglesa voltada para a saúde pública, o uso exacerbado de redes sociais pode ser extremamente nocivo a saúde mental. Já um artigo da The Atlantic afirma que o uso sem controle das redes sociais pode ter relação direta com o aumento de casos de depressão e ansiedade.

A proporção do problema foi tamanha que, no começo de 2019, o Instagram, maior rede social de compartilhamento de fotos do mundo, tirou a visibilidade dos likes – coraçõezinhos vermelhos ao lado das fotos – como forma de preservar a saúde mental dos usuários, que mostravam-se afetados com as conquistas financeiras e a felicidade, quase sempre exagerada, exposta em redes sociais pelos mais afortunados.

“As redes sociais causam a impressão de que a vida do outro é fantástica, menos a sua. Esse confronto com a suposta plenitude a vida alheia pode levar a quadros de depressão e ansiedade, por desmerecer suas próprias conquistas e começar a achar-se insuficiente”, explica o psicólogo André Carneiro, especialista em relacionamentos.

Ainda de acordo com o psicólogo, os relacionamentos amorosos sofrem desgastes constantes por necessidade de afirmação on-line do amor por parte dos parceiros, que desenvolvem também inseguranças ligadas a qualidade do relacionamento e sua própria capacidade de despertar e manter o interesse do outro – visto que a palavra de ordem do ambiente on-line é comparação.

Fear of missing out ou o medo de perder experiências

Deslizar o feed do instagram, por exemplo, é uma garantia de deparar-se com imagens de vidas perfeitas, viagens exóticas, experiências gastronômicas únicas, festas memoráveis, famílias unidas, casais apaixonados, filhos educados e obedientes, carreiras promissoras e em crescimento constante. E tudo isso acontecendo na mais perfeita ordem e sincronia na vida de uma única pessoa.
Retratos de realidades forjadas podem enganar até a mais inteligente criatura, que cai no chamado fear or missing out, termo em inglês que define o medo de não estar vivendo experiências satisfatórias. Esse medo vem, justamente, por comparar-se com a outras pessoas, tendo como base imagens postadas em redes sociais.

Os perigos do cyberbullying

Estar atrás de um computador ou celular não diminui as ações ou neutraliza más condutas. Atos de violência verbal, física e/ou psicológica praticadas repetidas vezes de forma intencional, reforçando estereótipos ou motivando preconceitos, são considerados bullying. No ambiente virtual, há o ciberbullying. Em comprovação disto, a falta de noção e toxidade nos comentários em postagens nas redes sociais, especialmente de body shaming, quando se faz observações não solicitadas sobre o corpo alheio, são algumas das consequências do uso indiscriminado das redes sociais.

O Brasil é um dos países que mais valoriza a estética corporal padrão. Unindo esse dado ao uso exacerbado de redes sociais, tem-se um elevado número de pessoas ansiosas e insatisfeitas com a própria aparência. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo.

Fobia social, transtorno de pânico, redução do apetite, desinteresse por atividades físicas, prejuízo aos relacionamentos interpessoais e alteração na qualidade do sono são alguns dos sintomas apresentados por vítimas de ciberbullying, explica o psicólogo André Carneiro.

Como diminuir os impactos negativos das redes sociais no dia a dia

Para reduzir de forma considerável os impactos negativos das redes sociais para a saúde mental, há algumas estratégias que podem ser seguidas, como:

  • Realize uma curadoria: mantenha em suas redes sociais pessoas que produzam conteúdos edificantes e que não tire a sua paz de espírito.
  • Estabeleça metas de uso: imponha a si um tempo limite para checar suas redes sociais e tente cumprir o combinado.
  • Desative notificações: as notificações constantes são gatilhos para o uso das redes sociais fora do tempo determinado. Para evitar a ansiedade da espera, melhor desativá-las.
    De acordo com o psicólogo André Carneiro, é essencial aproveitar ao máximo a vida off-line. Desligar-se do celular enquanto conversa com colegas de trabalho, familiares ou interage com conhecidos, por exemplo. Fazer-se 100% presente em todos os momentos da vida é fundamental para aproveitar cada segundo.
    Ainda segundo o especialista, manter hábitos saudáveis e outros hobbies que não estejam relacionados ao ambiente virtual faz toda a diferença para a manutenção da saúde mental.

By Jordan Vall

É Jornalista, com uma maior atuação na cultura e entretenimento. Deu início a sua carreira na televisão na TV Unifor, como produtor, repórter e apresentador do principal jornal da emissora universitária. O profissional já foi produtor e comentarista de um quadro do Programa Matina, na TV União. No “Deu O Que Falar”, quadro semanal da emissora aberta, comentava sobre o mundo dos famosos, levava pautas relevantes para a sociedade, através das notícias das celebridades. Foi durante 2 anos, produtor, diretor e repórter na TV Otimista e atualmente é assessor de comunicação, CEO na Assertiva Comunicação e Colunista do Portal Conexão Magazine (Portal de Notícias no Rio de Janeiro). Como amante da moda, foi convidado para ser jurado da 6ª edição do Salão de Moda Ceará. Além de todas essas atuações, Jordan é CEO/Fundador e repórter no In Fluxo Portal, tratando de pautas culturais, cobertura de eventos e muito mais. O profissional também atua como modelo e influenciador digital. Instagram: @jordan_vall / contato comercial: jordanvall@influxoportal.com

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