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    Março Amarelo, mês de combate a endometriose: Uma em cada dez mulheres sofrem com a doença

    Estamos no Março Amarelo, mês dedicado a conscientização sobre a endometriose, doença que afeta uma a cada dez mulheres em qualquer fase da vida reprodutiva da mulher, sendo mais rara após a menopausa, segundo o Ministério da Saúde. É uma doença crônica inflamatória sistêmica, caracterizada pela presença de tecido endometrial (tecido que recobre a parte interna do útero, responsável pela menstruação) fora do útero, podendo atingir órgãos reprodutivos, intestino, bexiga e, inclusive, os pulmões. “É uma doença de caráter genético e epigenético, por isso tão comum, e por ser inflamatória ela causa principalmente dores muito fortes”, explica a médica e diretora técnica da Clínica Salvata, Kathiane Lustosa. “Mas em alguns casos a endometriose também pode ser silenciosa, por isso é tão importante consultas regulares ao ginecologista. Cerca de 10% das pacientes com essa doença não apresentam nenhum sintoma”, complementa a médica.

    Apesar disso, os sinais mais frequentes são dores abdominais e cólicas menstruais muito intensas, dor para evacuar ou urinar, dor nas relações sexuais, dor pré-menstrual, fadiga, cansaço, infertilidade ou dificuldade maior para engravidar, alterações do hábito intestinal, podendo ocorrer diarreia ou prisão de ventre e dor crônica diária.

    A médica Kathiane Lustosa explica que normalmente a endometriose demora muito para ser descoberta, entre 7 e 10 anos, exatamente como ocorreu com a cantora Anitta, que descobriu que sofria da doença ano passado e compartilhou o problema em suas redes sociais. “Muitas mulheres acham que é normal sentir cólicas intensas durante a menstruação ou na relação sexual e não procuram ajuda médica, o que atrasa o diagnóstico. As vezes os profissionais de saúde também negligenciam as dores das mulheres, não pesquisando a doença. A desconfiança costuma surgir com a dificuldade para engravidar”, explica a profissional.

    Esse mês de conscientização é importante para alertar mulheres e profissionais de saúde a se atentarem ao diagnóstico precoce, pois pode mudar a progressão da doença e dar à paciente opções seguras de preservação da fertilidade e de diminuição dos efeitos deletérios da dor crônica. Embora não exista cura, existem tratamentos, como o uso de anticoncepcional ou hormônios como forma de suspender a menstruação, procedimentos cirúrgicos para retirada dessas lesões dos órgãos afetados e tratamento multidisciplinar com nutricionista, fisioterapeuta e psicóloga. “Lembramos que cada mulher é um ser humano diferente, que precisa ser avaliada em sua plenitude, levando em conta os efeitos colaterais e o contexto sócio econômico que cada tratamento pode causar”, enfatiza a médica Kathiane Lustosa.

    By João Pedro Silva

    É Jornalista, especialista em mídia esportiva desde 2018 é CEO/Fundador do Portal Esporte News. Foi jornalista da TV União, Radialista da Rádio Fortaleza FM e Rádio Dom Bosco FM. No INFluxo Portal é colunista e trata sobre cobertura de eventos, entretenimento e muito mais! Insta: @joaopedrosilvareal

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