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    Brasil possui 18 milhões de pessoas ansiosas

    De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo, concentrando mais de 18 milhões de brasileiros com sintomas de ansiedade, segundo informações de 2018. Já um dado mais recente da instituição mostra que com a pandemia o número aumentou em 25%. 

    “As pessoas estão cheias de problemas para resolver e com cada vez mais dificuldade de lidar com tudo o que acontece em suas vidas.”, menciona a psicanalista e CEO do Ipefem, Ana Tomazelli. 

    Outra pesquisa, essa direcionada aos profissionais home office, também vai ao encontro dos dados da OMS. Segundo a Gallup, o trabalho remoto tem desgastado mais os profissionais, comprometendo sua saúde mental, cerca de 86% das pessoas que trabalham de forma remota apresentaram pelo menos 1 dos 12 estágios dentro das seis etapas até o nível máximo de exaustão.

    Mais de 67% das pessoas ainda se sentem pressionadas a estarem disponíveis durante todo o tempo, inclusive fora da jornada “tradicional” conhecida como “horas úteis” ou mesmo fora dos horários combinados previamente, e 45% declara estar trabalhando mais horas do que deveria.

    “O esgotamento no trabalho se dá muito mais pela forma com que nos relacionamos do que com “o quê” nos relacionamos. Pensando nisso, quantas empresas estão falando sobre esse problema? Quantas empresas contam com programas de prevenção e suporte a pessoas com ansiedade? Quantas empresas assumem que têm colaboradores ansiosos em seus escritórios ou em home office? Infelizmente, são poucas empresas que investem nesse tipo de ação, mesmo sendo uma realidade cada vez mais presente.” questiona Ana Tomazelli. 

    Eficiência disfarçada

    “Sabe aquela frase que muitos empresários usam, ‘trabalhe enquanto eles dormem’ está caindo em desuso, levando em consideração o legado negativo que ela deixou, com inúmeras pessoas com ansiedade, burnout, depressão entre outros. A velha ideia de romantizar o workaholic, de que quanto mais você rala, mais chances terá de receber reconhecimento, não respeitar os próprios limites (ou nem reconhecê-los) também contribui para exaustão, mas é injusto atribuir responsabilidades individuais quando o problema é sistêmico e quando o medo de perder a fonte de renda é maior do que a coragem de se preservar. Por outro lado, esperar que o sistema mude, no curto prazo, é quase ingênuo da nossa parte, o que nos traz de volta às esferas mais particulares”,  complementa Ana Tomazelli. 

    Pesquisas trouxeram à tona os reflexos negativos desse tipo de rotina à saúde das pessoas, que apresentaram sintomas como: ansiedade, depressão e distúrbio do sono. Nos últimos anos, ficou evidente que o excesso de trabalho gera, ainda, burnout, pedidos de afastamento e pode ser fatal, segundo a Organização Mundial da Saúde.

    “Além de não garantir o retorno esperado, essas atitudes em excesso, descontroladas, escondem perigos tanto nas interrelações pessoais quanto na saúde dos colaboradores. O papel do líder e da organização é reverter esse cenário, essa dinâmica de medo, ansiedade e apreensão que o profissional vive diariamente. Assim como existem comitês da diversidade já passou da hora de existir debates e ações em relação à saúde mental, excesso de trabalho, assédio e assim por diante”, pontua a CEO do Women Leadership, Isa Quartarolli. 

    O Brasil acumula posições preocupantes quando o assunto é saúde mental e tudo vai passar pelo trabalho, ou seja, pelas relações estabelecidas nos ambientes físicos ou remotos em que há alguma atividade profissional. Atualmente, o País ocupa o primeiro lugar no ranking de ansiedade em nível global, segundo em burnout e quinto em depressão.

    “É necessário entender que estatísticas sociais são estatísticas corporativas. Temos a tendência de colocar a culpa nas empresas, esquecendo que as empresas – e qualquer outra corporação – são representadas por pessoas. Se um jogador de futebol faz algo errado, o que isso significa para o time?”, finaliza Tomazelli. 

    By Jordan Vall

    É Jornalista, com uma maior atuação na cultura e entretenimento. Deu início a sua carreira na televisão na TV Unifor, como produtor, repórter e apresentador do principal jornal da emissora universitária. O profissional já foi produtor e comentarista de um quadro do Programa Matina, na TV União. No “Deu O Que Falar”, quadro semanal da emissora aberta, comentava sobre o mundo dos famosos, levava pautas relevantes para a sociedade, através das notícias das celebridades. Foi durante 2 anos, produtor, diretor e repórter na TV Otimista e atualmente é assessor de comunicação, CEO na Assertiva Comunicação e Colunista do Portal Conexão Magazine (Portal de Notícias no Rio de Janeiro). Como amante da moda, foi convidado para ser jurado da 6ª edição do Salão de Moda Ceará. Além de todas essas atuações, Jordan é CEO/Fundador e repórter no In Fluxo Portal, tratando de pautas culturais, cobertura de eventos e muito mais. O profissional também atua como modelo e influenciador digital.Instagram: @jordan_vall / contato comercial: jordanvall@influxoportal.com

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