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No vasto e multifacetado universo dos relacionamentos amorosos, uma nova modalidade tem se destacado e gerado debates acalorados: o “tolyamor”. Com origem no termo “tolerar a traição”, essa forma de relacionamento desafia convenções e propõe uma reflexão sobre os limites do amor e da fidelidade. Mas afinal, o que é o tolyamor e por que tantas pessoas estão aderindo a essa prática?
Tolyamor é um neologismo que combina “tolerar” e “amor”. Diferente do poliamor, onde todas as partes envolvidas estão cientes e de acordo com múltiplos relacionamentos, o tolyamor pressupõe uma aceitação tácita ou explícita de infidelidades. Em outras palavras, os parceiros concordam em manter o relacionamento mesmo sabendo da existência de traições.
De acordo com pesquisa realizada pela YouGov com jovens brasileiros de 18 a 29 anos revela que essa faixa etária é muito mais progressista e confortável com o conceito de não monogamia do que as gerações anteriores. A maioria dos entrevistados (62%) disseram estar dispostos a tentar relacionamentos abertos.
A dinâmica de relacionamento onde um ou ambos os parceiros toleram a ocorrência de contato sexual ou romântico com outras pessoas fora da relação principal. Ao contrário do poliamor, que envolve um acordo explícito e discutido entre os parceiros para manter relacionamentos múltiplos, o tolyamor não necessariamente conta com a comunicação aberta e a concordância prévia sobre essa prática entre os envolvidos.
Geração Z
A Geração Z, composta por indivíduos nascidos entre meados dos anos 1990 e o início dos anos 2010, está mostrando uma preferência notável por formas não tradicionais de relacionamento. De acordo com uma pesquisa realizada pela Ashley Madison, um site de relacionamentos extraconjugais, 59% dos membros da Geração Z desejam relacionamentos abertos ou poliamorosos.
Essa tendência reflete uma mudança significativa na maneira como os jovens percebem as formas de relacionamento. Diferente das gerações anteriores, que muitas vezes viam a monogamia como o padrão ideal, a Geração Z está desafiando essas normas estabelecidas e explorando novas formas de se relacionar.
A valorização da autenticidade e a individualidade. Para muitos jovens, a possibilidade de se envolver em múltiplos relacionamentos ou em relacionamentos abertos oferece uma maneira de explorar suas identidades e necessidades de uma forma mais completa e livre de julgamentos. A flexibilidade dos relacionamentos não monogâmicos também se alinha com o desejo de evitar a rigidez e as limitações que eles percebem na monogamia tradicional.
Motivações de influência para o Tolyamor
Para muitos, a ideia de monogamia ao longo da vida parece inviável. Pesquisas e estudos sobre comportamento sexual indicam que a fidelidade contínua é um desafio significativo para a maioria dos casais. A percepção de que o sexo extraconjugal é quase inevitável leva alguns a adotar uma abordagem mais realista, preferindo aceitar a infidelidade como parte da vida a dois do que lidar com rupturas constantes.
O tolyamor também é uma escolha pragmática para muitos casais que valorizam a estabilidade emocional e financeira. Em situações onde a separação significaria grandes mudanças – como no caso de filhos, propriedades ou negócios compartilhados – tolerar traições pode ser visto como um mal menor comparado à desestabilização completa da vida familiar.
Durante uma entrevista recente ao popular Flow Podcast, o ator conhecido por sua longa carreira na indústria de filmes adultos, Kid Bengala, não se esquivou de perguntas pessoais. Quando questionado sobre sua vida amorosa e dinâmicas de relacionamento, ele surpreendeu ao dizer que a infidelidade, em seu caso, não é motivo de conflito, mas sim de excitação e renovação do relacionamento. A confissão chamou a atenção do público e gerou debates acalorados nas redes sociais após ele admitir gostar de ser traído e afirmar que isso estimula sua relação com sua companheira.
Dinâmicas de Relacionamento e o Conteúdo Adulto
A indústria de criadores de conteúdo adulto tem se mostrado um terreno fértil para a exploração de diferentes dinâmicas de relacionamento, incluindo o tolyamor. Esse tipo de relação, baseada na aceitação e na valorização da infidelidade, encontra um público curioso e receptivo entre consumidores e criadores de conteúdo mais 18.
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Os modelos de relacionamentos não monogâmicos estão ganhando espaço no Brasil, o que reflete uma crescente aceitação e interesse por alternativas à monogamia tradicional. Esse fenômeno sugere uma evolução nas percepções sociais sobre amor, compromisso e liberdade individual. À medida que mais pessoas exploram diferentes dinâmicas de relacionamento, a discussão sobre liberdade sexual também se intensifica.