De acordo com o boletim Focus do Banco Central (BC) desta segunda-feira (2), a taxa Selic não deve baixar até o final de 2025, se mantendo em 14,75%. Considerando as projeções do Banco Central e as recentes declarações do presidente Lula, este é um momento incerto, já que as previsões do Copom divergem das afirmações dadas pelo mesmo. Nesta terça-feira, o presidente afirmou que o BC baixará “logo, logo” a taxa básica de juros e que a autoridade monetária tomará a “atitude correta” nesse caminho. Esse cenário de hesitação impacta diretamente a confiança e o bolso do brasileiro, encarecendo o crédito no país, já que os bancos repassam o custo do capital com a alta do juros para o custo dos empréstimos e financiamentos.
Além disso, o cenário torna mais rigorosos os critérios de análise e concessão, diante do aumento do risco de inadimplência. Para as famílias, os juros mais altos reduzem o poder de compra e comprometem o orçamento. Já para as empresas, especialmente as pequenas e médias, o acesso a capital para manter ou expandir as operações se torna mais desafiador.
“Apesar do momento econômico não ser o ideal, as pessoas, e principalmente as empresas, vão continuar precisando de recursos, por isso é importante conhecer as opções existentes no mercado para conseguir driblar os efeitos colaterais de um cenário como o atual. O mercado de capitais se desenvolveu bastante nos últimos tempos e hoje não tem somente opção de crédito disponível, existem outras opções estruturadas com menores custos dado o risco dessas operações para o financiador”, explica Daniel Gava, CEO e fundador da Rooftop – startup pioneira em entregar soluções imobiliárias para proprietários de imóveis residenciais de alto padrão com necessidade de liquidez de capital.
Imóveis como ativos estratégicos em tempos de juros altos
Para Gava, embora o setor imobiliário também sofra os efeitos da alta da Selic, é possível transformá-lo em uma alternativa inteligente para levantar capital sem depender de linhas de crédito tradicionais, como capital de giro e linhas com garantia imobiliária. Existem diferentes tipos de contratos nas alternativas disponíveis que utilizam os imóveis como forma de levantar capital, alguns com taxas fixas e outros com taxas atreladas a algum índice, como Selic, IGP-M, IPCA ( inflação) ou à Taxa Referencial (TR). Neste último caso, o valor negociado do empréstimo pode passar por atualizações no curso do contrato, com aumento recorrente do saldo devedor e também da parcela mensal, de acordo com as mudanças de mercado, ou seja, não são as melhores opções em cenários incertos e de volatilidade”.”.
O executivo também destaca que, com o cenário atual, operações usando o mercado de capitais com custos fixos e fora do circuito bancário tradicional, devem ser ainda mais consideradas como primeira opção, por conta das inovações e custos totais envolvidos na transação. “Ao recorrer a essas novas estratégias, é possível realizar transações com custos até 35% menores do que os praticados em operações de crédito com garantia convencionais, além de evitar a exposição às oscilações de índices econômicos e taxas de juros. Para quem enfrenta dívidas elevadas ou precisa levantar grandes volumes de capital, o caminho mais eficiente pode estar justamente em buscar informação e considerar soluções do mercado de capitais disponível para pequenos negócios e profissionais liberais que vão além do crédito oferecido pelos bancos”, finaliza.