Procedimentos minimamente invasivos têm transformado a medicina moderna. Com aplicações cada vez mais amplas e tecnológicas, a Radiologia Intervencionista vem se consolidando como uma especialidade fundamental, oferecendo tratamentos menos invasivos, com recuperação mais rápida e qualidade de vida para os pacientes. Apesar do crescimento global, o desafio tanto no Brasil, quanto em todo o mundo, é tornar a especialidade mais conhecida e acessível.
Em um esforço conjunto de associações internacionais, liderado pela Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice), com participação de Sociedades como Iberoamericana (SIDI) e a, Europeia (CIRSE), 16 de janeiro foi oficializado como o Dia Mundial da Radiologia Intervencionista. A data remonta a 1964, quando o médico norte-americano Dr. Charles Dotter realizou a primeira angioplastia percutânea, evitando a amputação de um membro. O procedimento histórico marcou o início de uma “revolução médica” ao introduzir técnicas minimamente invasivas que hoje beneficiam milhões de pessoas em todo o mundo.
No Brasil, a Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice) busca ampliar o reconhecimento nacional da especialidade. “Precisamos mostrar que as técnicas que estão na linha de frente da medicina mundial também podem trazer benefícios concretos para os brasileiros que aguardam por essas inovações. Muitos destes tratamentos já estão disponíveis em muitas instituições públicas através do SUS e já apresentam cobertura pelos planos de saúde”, explica o Dr. Lucas Moretti Monsignore, presidente da Sobrice.
Dados internacionais evidenciam o crescimento da Radiologia Intervencionista nos últimos anos, impulsionado pelo avanço tecnológico e pela demanda por procedimentos menos agressivos. A especialidade abrange desde o tratamento de tumores e doenças vasculares até intervenções em emergências médicas, sempre com foco em minimizar riscos e tempo de internação. O ponto em comum dos tratamentos oferecidos pela especialidade é o meio como o tratamento é realizado. Do mesmo modo que uma cirurgia pode ser realizada por vídeo, ou por robótica, no caso da Radiologia Intervencionista os órgãos tratados podem ser visualizados através dos mesmos métodos que a Radiologia utiliza para diagnóstico: Raios X, Ultrassonografia e Tomografia computadorizada, por exemplo.
A instituição do Dia Mundial da Radiologia Intervencionista é um marco que destaca a inovação e a vanguarda da área. A data também é uma oportunidade para ampliar a conscientização pública sobre os benefícios das técnicas intervencionistas e para reforçar o papel da ciência na evolução dos cuidados médicos.