Rotina, maus hábitos alimentares e ausência de atividades físicas são alguns hábitos dos brasileiros que têm contribuído para o aumento da obesidade no país. Os dados são cada vez mais alarmantes: em 2030, 68% da população poderá estar com excesso de peso, ou seja, sete em cada 10 pessoas, e 26% poderá estar com obesidade, ou uma a cada quatro pessoas. Os dados fazem parte do estudo A Epidemia de Obesidade e as Doenças Crônicas não trasmissíveis – Causas, custos e sobrecarga no SUS.
A obesidade e o sobrepeso geram diversos problemas à saúde, principalmente para o joelho, segundo pesquisas científicas e especialistas. Um estudo norte-americano da Universidade de Stony Brook constatou que pessoas acima do peso sentem 20% mais dores do que os que estão com o índice de massa corpórea (IMC) adequado. Essa porcentagem aumenta em casos mórbidos, chegando a 200%. “Quando os pacientes apresentam gordura excessiva no organismo, principalmente em casos de pessoas obesas, essa gordura pode resultar em uma agressão e destruição da cartilagem das articulações, levando este paciente a ter uma tendência maior a desenvolver dores articulares”, afirma o ortopedista Eduardo Vasconcelos.
As articulações possuem grandes funções no nosso corpo: elas são responsáveis pela mobilidade e estabilidade, além de amortecer a carga corporal. “O excesso de peso pode ocasionar um desgaste mecânico da cartilagem e estresse nas juntas, fazendo com que elas se degenerem. Toda essa degeneração é responsável muitas vezes pelo surgimento da osteoartrose”, alerta o especialista.
É essencial ficar atento aos sinais do corpo e procurar ajuda logo no início. “Com o sobrepeso, estimamos um aumento de 30 a 40% na carga exercida sobre o joelho, isso provoca sobrecarga na articulação na região, causando inflamações. O corpo então começa a apresentar sinais como dores, rigidez e inchaço. É essencial evitar essa situação ao máximo”, conclui o ortopedista e especialista em cirurgias no joelho, Eduardo Vasconcelos.