Um estudo da Associação Médica Americana revelou que as mulheres são acometidas pela hipertensão arterial mais rápido e mais cedo que os homens de acordo com a conclusão de pesquisadores do Cedears-Sinai Medical Center, em Los Angeles.
A hipertensão arterial é uma das principais causas de infarto e acidente vascular cerebral, problemas que mais matam no Brasil. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, 14 milhões de pessoas apresentam alguma doença cardiovascular e 400 mil morrem anualmente em decorrência de problemas cardíacos. Já a Organização Mundial da Saúde aponta que 8,5 milhões de mulheres perdem a vida em razão de problemas cardiovasculares. “As mulheres apresentam fatores de risco bem particulares, como aqueles que estão relacionados com a menopausa e as alterações hormonais e o estresse ao qual estão submetidas diariamente em grandes jornadas de trabalho e excesso de responsabilidade e conciliação de papeis. Com isso, os riscos para desenvolverem doenças como a hipertensão arterial, por exemplo, são bem maiores para elas do que para os homens”, explica o cardiologista Augusto Vilela.
Outros fatores de risco também precisam ser levados em consideração, como o sedentarismo, obesidade, diabetes e a hereditariedade. “Boa parte dos fatores de risco estão relacionados aos hábitos de vida e podem ser mudados. É importante ressaltar que agir na prevenção é o melhor remédio para evitar diversas doenças e a hipertensão é uma delas. Manter hábitos de vida e alimentares saudáveis são a chave para ter uma saúde plena e evitar o aparecimento da hipertensão. É indicado optar pelo consumo de alimentos com baixo teor de sódio, evitar bebidas alcóolicas, não fumar e evitar alimentos ultraprocessados. Praticar atividade física regular em nosso organismo, em especial do coração”, diz o cardiologista.
A hipertensão como muitas doenças cardiovasculares começa de maneira silenciosa, sem apresentar sintomas, mas o paciente hipertenso pode ter tontura, dor de cabeça, visão turva, zumbido no ouvido e sangramento nasal. A doença não tem cura, mas com o tratamento adequado, o paciente pode manter a qualidade de vida. “O acompanhamento médico é fundamental para tratar a hipertensão adequadamente e orientar o paciente nas ações que vão ajuda-lo a manter os índices de saúde em equilíbrio. A prevenção desta e de outras doenças que podem afetar as pessoas, em especial às mulheres, é feita não somente com check-ups médicos regulares, mas principalmente seguindo um estilo de vida em que corpo e mente estejam em equilíbrio, mantendo práticas saudáveis tanto na mesa quando no dia a dia”, finaliza Dr. Augusto Viela.
O sedentarismo, a má alimentação, o uso de cigarro e consumo de bebidas alcóolicas, aliados ao estresse são os principais responsáveis pelo aumento assustador de hipertensos no país e consequentemente do número de mortes em função da doença.