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    Mulheres lideram melhor, mas recebem apenas 61,9% do mesmo valor salarial dos homens, apontam estudos

    Por Vládia Pompeu, advogada, especialista em governança corporativa e mentora Head da Maxxed e Anna Carolina Alencar, empreendedora e Mentora Head da Maxxed.

    Mulheres estão cada vez mais presentes em cargos de liderança em todo o mundo. Apesar de ainda haver desafios para alcançar a igualdade no ambiente de trabalho, as mulheres se destacam nas mais diversas áreas de atuação. Entretanto, elas continuam recebendo menores remunerações, principalmente em posições de liderança, como gerência e diretoria. Em pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi constatado que elas recebem uma média de 61,9% do valor do rendimento dos homens.

    Tendo isso em vista, na pesquisa internacional “Índice de Liderança de Reykjavik”, fruto de uma colaboração entre a rede global Women Political Leaders, um grupo de defesa e a Kantar Public, empresa de consultoria e políticas públicas, afirmou que a aceitação de uma liderança feminina no ambiente de trabalho está sofrendo uma regressão. De acordo com dados coletados em 14 países, entrevistando mais de 10 mil pessoas, sendo homens e mulheres, existiu uma queda de 54% dos entrevistados que disseram estar muito confortáveis em ter uma mulher como CEO de uma grande empresa em seu país. Ou seja, anteriormente a aceitação estava quase alcançando 100% e agora está em 47%.

    Apesar da baixa aceitação, dados do estudo feito pela Harvard Business Review indicam que o engajamento e a performance no trabalho são mais acentuados quando existe uma mulher liderando. Nesse cenário, elas são responsáveis por promover um melhor desempenho para a companhia em questão. Para esta pesquisa, o público feminino demonstrou ter mais compaixão e sabedoria na hora de liderar, os responsáveis pelo estudo conversaram com mais de 5 mil empresas, em 100 países.

    O preconceito com a liderança feminina não é exclusivo de pessoas com idades mais avançadas e conservadoras. Conforme o estudo, na maior parte dos países pesquisados, foi constatado que os mais jovens, de 18 a 34 anos, tiveram opiniões conservadoras sobre o assunto. Mas os desafios não param apenas na aceitação de uma mulher como CEO, por exemplo. A autoconfiança tem um papel fundamental para a conquista de grandes posições.

    “As mulheres, por perspectivas culturais e históricas, têm uma dificuldade de se imaginar nesses postos. Com o avanço do discurso feminista, as mulheres já se empoderaram mais do seu espaço e sobre onde querem chegar. Entretanto, isso ainda não se reflete em uma segurança interna e nos comportamentos adotados no dia a dia.”, afirma Vládia Pompeu, advogada, especialista em governança corporativa e mentora Head da Maxxed.

    É importante destacar que o incentivo ao aumento do número de mulheres em posições de liderança tem um impacto positivo na sociedade como um todo. Mulheres líderes não só inspiram outras a buscarem cargos de liderança, mas trazem perspectivas e abordagens diferentes para as tomadas de decisões, o que é fundamental para as organizações e sociedade. “A liderança feminina é essencial para construir uma sociedade mais equitativa e justa. É importante continuar a trabalhar para garantir que as mulheres tenham as mesmas oportunidades de carreira e salários que os homens”, comenta a empreendedora e Mentora Head da Maxxed Anna Carolina Alencar.

    O público feminino ainda se sobressai quando o assunto é responsabilidade social e ambiental. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas, em pesquisa em parceria com a agência Arabesque S-Ray, as mulheres, quando localizadas em posições de liderança, têm um direcionamento mais cuidadoso para as responsabilidades sociais. A pesquisa ainda aponta que 31% das empresas que têm uma baixa adesão à ESG (Environmental, social, and corporate governance) não possuem mulheres na diretoria ou no conselho administrativo.

    Mulheres na política

    A presença feminina, apesar de ainda escassa, cresce em diversos locais que necessitam de uma gestão aprofundada e a política, apesar de ser um campo masculinizado, está abrindo algumas portas para que as mulheres possam usar as suas habilidades em prol da gestão pública. A escalação do recém-empossado como governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), é prova disso. O político reservou 50% das vagas do secretariado do estado para as mulheres. Essa é a ocupação mais expressiva da história política do Ceará.

    Uma situação similar foi constatada no Governo Federal. O presidente Lula (PT), empossou 11 ministras, o que equivale a 30% do total. Essa inclusão não tem meramente a intenção de diversificar, ela coloca mulheres competentes e capazes para realizar diversos trabalhos e promover um maior desenvolvimento nas suas áreas de atuação dentro do governo.

    “Essas iniciativas só demonstram que as mulheres precisam de oportunidades para ocupar lugares de liderança, à frente de iniciativas importantes e impactantes, seja em uma empresa privada ou pública. Estamos caminhando em direção a uma realidade mais justa. Nós mulheres devemos continuar seguindo em direção ao desenvolvimento e à especialização!”, afirma Anna Carolina

    By Redação

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