Foto: GKA Press
Hexacampeã mundial ininterrupta, Mika buscará vencer a segunda rodada do circuito na Colômbia
Depois do Catar, que abriu a temporada do GKA Freestyle Kite World Cup 2023 no dia 31 de janeiro e sediará a final no início de dezembro, a Colômbia é quem distribuirá também a maior premiação aos vencedores: 40 mil euros. Na costa caribenha de Salinas del Rey, entre os dias 01 e 05 de março, a hexacampeã mundial no estilo Freestyle, Mikaili Sol, buscará mais um título na carreira esportiva dentro do kitesurf. Com apenas 18 anos, ela soma 870 pontos no ranking de 2023. Neste segundo destino da competição, oito mulheres e 27 homens, sendo 11 brasileiros, buscarão fazer as melhores manobras no ar.
Vento favorável, águas calmas, ondas e clima quente. Essas serão as condições encontradas pelos atletas na costa norte da Colômbia, local das provas de Freestyle. O distrito de Taíba, no município cearense São Gonçalo do Amarante, que lhe rendeu um dos dois títulos mundiais no ano passado, sediará a competição neste ano entre os dias 01 e 05 de novembro, com premiação aos vencedores de 25 mil euros. A confirmar, França (16 a 20 de agosto) e Egito (04 a 08 de outubro) também terão provas de Freestyle. Movida a desafios, Mikaili Sol também vem treinando para competir no estilo Big Air, já confirmado na França (01ª 30 de abril) e Espanha (26 de maio a 16 de junho). Nesta última, a premiação também será de 40 mil euros.
Para Mika, os dois primeiros títulos mundiais conquistados foram fundamentais na sua vida. “O primeiro provou para mim mesma que eu poderia e o segundo mostrou que eu poderia fazê-lo novamente. Eles foram realmente especiais”, comemora, ao mesmo tempo que explica que é grata por todo o apoio e incentivo, principalmente dos seus pais e patrocinadores, que lhe rendeu seis títulos mundiais até aqui. E torcida não falta para que essa jovem promissora no kitesurf seja heptacampeã mundial no final da temporada de 2023. “Aos 10 anos já estava competindo no mundial de juniores e fui campeã mundial. Aos 13, entrei no Circuito Mundial Profissional. Desde então, ganhei todos os mundiais até hoje”, relata.
Sobre sua infância e a influência no esporte, Mika conta que ganhou seu primeiro cavalo aos três anos e antes mesmo de completar quatro já sabia galopar. Participou do primeiro rodeio aos oito anos. Suas outras paixões, desde cedo, são andar de bicicleta e de moto nas dunas das praias cearenses. Ou seja, aventura e adrenalina estão no seu sangue. A paixão pelo kitesurf veio de dentro de casa, pois seus pais praticavam o esporte, mas só permitiram que ela começasse a treinar aos oito anos. Com esse ritmo e muitas viagens, principalmente internacionais, ela foi educada em casa até 2017 e depois passou a frequentar a Escola Secundária World Class Kiteboarding Academy (um grupo de alunos e professores de diversos países com a mesma paixão pelo mar e pelos esportes).
Com a agenda de viagens cada vez mais extensa, por conta das competições fora do Brasil, em 2019 Mikaili Sol decidiu terminar o Ensino Médio online. “Meus pais sempre defenderam que a educação é fundamental e que é preciso terminar aquilo que se começa. Com essa base, encontrei o equilíbrio entre a competição, os treinamentos rigorosos e a sorte de viajar o mundo e conhecer técnicos, atletas e pessoas que agregam na minha vida”, destaca a jovem atleta. Mesmo tendo a oportunidade de conhecer incontáveis países, ela expressa o desejo de sempre voltar para o seu porto seguro, Taíba, que vem atraindo, cada vez mais, atletas do mundo todo pelas excelentes condições do vento para a prática do kitesurf.