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Magreza é sinônimo de saúde? Especialista aponta os riscos sobre perda de peso excessiva

Young woman measuring abdominal circumference with measuring tape

É comum no meio artístico e no universo da moda, o estilo de corpo mais magro ser associado a uma vida saudável e atribuído como padrão de beleza. Ainda há casos de pessoas que revelam um corpo magro, mas, por outro lado, chamam a atenção pelo vício em cigarros e outras substâncias. Geralmente, a dúvida que fica é se de fato tais pessoas possuem um corpo saudável, uma vez que essa perda de peso pode estar ligada a outros fatores externos e internos.

O clínico geral do grupo de médicos Cruz da Vida e especialista em emagrecimento e doenças metabólicas, Ivan Ramos, explica que quando um indivíduo possui uma composição corporal magra, com um bom volume de músculos, massa magra e uma quantidade de gordura controlada – no caso, para homens, uma composição abaixo de 15% do peso corporal total e para mulheres, abaixo de 25% – podemos considerar como alguém dentro do padrão de emagrecimento saudável.

Diferente disso, o médico aponta que alguns tipos de perda de peso excessiva podem ser enquadradas nos casos de desnutrição. “Uma pessoa desnutrida terá sempre uma massa muscular reduzida e estará mais susceptível a doenças, por não ter o mínimo necessário para o seu metabolismo. Porém, isso nem sempre é visível, pois você pode ter desnutrição num corpo magro ou em um corpo de uma pessoa obesa, se a alimentação dela for deficiente, com uma baixa ingestão de proteínas e o consumo excessivo de alimentos calóricos”, disse Ivan Ramos.

Distúrbios alimentares

Os perigos maiores surgem quando o emagrecimento é intencional e desequilibrado. A anorexia, por exemplo, é um desses distúrbios alimentares caracterizada por alterações referentes ao excesso de comida ou à falta dela, proporcionando consequências graves mentais e físicas, como frequência cardíaca lenta, pressão arterial e temperatura corporal baixas, além da perda de cabelo ou excesso de pelo facial e corporal.

Esse distúrbio desencadeia culpa pela ingestão de alimentos, induzindo os pacientes a vômitos e jejuns excessivos. Uma vez que a doença inicia na mente, é comum nesses casos o desenvolvimento de ansiedade crônica e depressão. Visto que a autoestima também diminui, as complicações se ampliam quando a pessoa opta pelo abuso de álcool e tabagismo, como caminho de recompensa e alívio.

Tabagismo como fator de risco

Um indivíduo que possui dependência do cigarro ou qualquer outra compulsão, busca compensar nessas substâncias de satisfação e recompensa momentânea, a baixa de dopamina no corpo através do vício. Ou seja, há um problema nos neurotransmissores decorrentes da ansiedade e outras patologias que ativam a adrenalina no corpo ocasionando a perda de peso rapidamente.

“O emagrecimento e o tabagismo não possuem uma relação direta, o tabagismo aumenta o consumo de energia por causar uma aceleração do metabolismo, o que gera a perda de peso marcante e a perda de massa muscular”, reforça o clínico geral.

Para o médico do Cruz da Vida, Ivan Ramos, emagrecer não é apenas perder peso, mas sim ganhar músculo. No entanto, para isso, é preciso respeitar os nutrientes essenciais para o corpo e a meta protéica diária. Além disso, é importante fazer uma ingestão de proteínas, ácidos graxos essenciais, vitaminas e minerais rotineiramente, em uma proporção adequada. “Uma pessoa que reduz o consumo de alimentos inflamatórios – que são principalmente os alimentos industrializados, ricos em açúcares e farinhas – consequentemente terá uma perda de peso natural e que respeita a fisiologia do seu corpo”, finaliza o especialista.

By João Pedro Silva

É Jornalista, especialista em mídia esportiva desde 2018 é CEO/Fundador do Portal Esporte News. Foi jornalista da TV União, Radialista da Rádio Fortaleza FM e Rádio Dom Bosco FM. No INFluxo Portal é colunista e trata sobre cobertura de eventos, entretenimento e muito mais! Insta: @joaopedrosilvareal

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