O mês de junho é dedicado ao Junho Preto, campanha nacional que reforça a necessidade de prevenção e o diagnóstico precoce do melanoma — o mais agressivo e letal dos cânceres de pele. Embora represente apenas cerca de 3% dos tumores cutâneos malignos, o melanoma é responsável pela maior parte das mortes por câncer de pele, devido ao seu alto potencial de metástase.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados mais de 9 mil novos casos de melanoma em 2024 no Brasil. O número de mortes anuais é expressivo: aproximadamente 1.900 brasileiros perdem a vida em decorrência da doença.
CEO da Clínica Scribel, a médica dermatologista Dra. Mariana Scribel aponta o crescimento dos fatores de risco, entre eles: exposição solar sem proteção; histórico familiar; pele, olhos e cabelos claros; além da grande quantidade de pintas ou histórico de queimaduras solares, especialmente na infância.
Sinais e sintomas
O melanoma pode aparecer como manchas escuras, irregulares e assimétricas na pele, além de alterações na cor, forma ou tamanho de pintas já existentes.” Lesões que coçam, sangram ou mudam rapidamente de aparência, bem como bordas irregulares e variação de tonalidades em uma mesma mancha, também são sinais importantes de alerta”, enfatiza a especialista.
Prevenção é o melhor caminho
A prevenção segue sendo a estratégia mais eficaz, por meio do uso diário de protetor solar com FPS 30 ou superior, inclusive em dias nublados, e da adoção de barreiras físicas como chapéus, roupas adequadas e óculos escuros, além de evitar a exposição ao sol das 10h às 16h. O autoexame mensal da pele e a avaliação periódica com dermatologista também são fundamentais para o diagnóstico precoce.
“O melanoma, quando diagnosticado precocemente, tem grandes chances de cura. Por isso, qualquer sinal ou sintoma diferente deve ser avaliado imediatamente por um especialista. Não se deve esperar para buscar ajuda médica ao notar pintas ou manchas alteradas na pele”, orienta a médica dermatologista.
Diagnóstico precoce
O tratamento do melanoma depende do estágio em que é identificado. Em fases iniciais, a cirurgia para remoção da lesão costuma ser suficiente, enquanto casos avançados podem exigir terapias complementares como imunoterapia, terapia alvo e quimioterapia. “Por isso, quanto antes houver o diagnóstico, maiores são as chances de sucesso e de preservação da qualidade de vida do paciente”, reforça.