A transformação digital chegou com força ao mundo jurídico. Com a popularização da inteligência artificial (IA), advogados de todo o país começam a descobrir novas formas de atuar com mais eficiência, produtividade e inteligência estratégica. Ferramentas baseadas em IA vêm se tornando aliadas essenciais para automatizar tarefas, melhorar a análise de dados e agilizar processos, conferindo aos profissionais do Direito uma vantagem significativa diante de um mercado cada vez mais competitivo.
Hoje, já existem cursos voltados exclusivamente à capacitação jurídica no uso estratégico da inteligência artificial. Essas formações abordam desde os fundamentos da IA até aplicações práticas, como a criação de assistentes jurídicos personalizados, estratégias avançadas de engenharia de prompts voltadas para o Direito, automação de petições e análise de documentos, além de tópicos fundamentais como compliance, segurança de dados e regulamentação do uso da IA jurídica.
“A inteligência artificial já é realidade em várias áreas – da educação ao marketing – e o Direito não poderia ficar de fora. A IA não substitui o advogado, mas potencializa sua capacidade de análise e produção. O profissional que entender como utilizar essas ferramentas estará um passo à frente no mercado”, afirma Antonio Rodrigues, Sócio-Diretor de Operações da Digital College, instituição que oferece cursos voltados à inovação no setor jurídico.
De acordo com dados do relatório Future of Jobs do Fórum Econômico Mundial (2023), a adoção de tecnologias como a IA deve impactar mais de 40% dos empregos globalmente nos próximos anos, com grande parte das novas contratações exigindo habilidades digitais. No setor jurídico, estima-se que o uso da IA pode reduzir em até 40% o tempo gasto com tarefas repetitivas, como a revisão de contratos ou a busca jurisprudencial, segundo estudo da McKinsey & Company.
A presidente da OAB Ceará, Christiane Leitão, reforça a importância dessa atualização: “A advocacia precisa sempre se capacitar, por isso formações como essa são fundamentais para que estejamos atualizados e possamos contar com ferramentas que otimizem o nosso trabalho, sem descuidar, claro, da ética e do respeito à lei”
Essa nova realidade demanda não só abertura para o novo, mas também responsabilidade. O uso ético da inteligência artificial no Direito passa por debates importantes sobre privacidade de dados, confidencialidade e autonomia das decisões jurídicas. Ainda assim, o futuro já chegou. E está cada vez mais claro que os advogados que entenderem o potencial da IA terão mais ferramentas, mais eficiência e mais competitividade para enfrentar os desafios da advocacia contemporânea.