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    Inspirada na série Pose da Netflix casa noturna recebe batalha de danças nesta sexta feira

    Considerada uma das séries mais importantes da história da televisão mundial no quesito representatividade, POSE foi eleito o maior seriado com elenco Trans da história.

    A série baseada no documentário de Paris Is Burning de 1990 retrata várias causas sociais e mostra como as comunidades afro-americanas, latinas, gays e transgêneros se acolheram em casas noturnas para fugir do preconceito dando início ao movimento vogue, estilo de dança que dominou os bailes da época.

    Como surgiu o movimento aqui em Fortaleza?

    A cena ballroom em Fortaleza começou a se articular com treinos de vogue já em 2016 e 2017, mas as primeiras balls aconteceram em 2018, realizadas pelo coletivo Becha Cearense e por iniciativa da pioneira da nossa cena, Yagaga Kengaral. De lá para cá, a ballroom cresceu e se expandiu para várias partes da cidade e da Região Metropolitana, além de alguns focos no interior do estado. Hoje em dia, já são quase 10 houses em atividade no estado, realizando treinos semanais e balls.

    Vocês costumam se reunir com que frequência?

    Com o crescimento da cena local, nos últimos anos, foram se firmando vários locais de treino (de vogue e de outras categorias) em diferentes partes da cidade e da Região Metropolitana. As houses, que funcionam na prática como núcleos familiares dentro da cena, têm costume de reunir seus integrantes para fortalecer esses laços e também para se aprimorar nas categorias, em preparação para a próxima ball, quando vão competir contra outras houses. E esse também é o caso da House of Valentino! Mas momentos de interação entre diferentes houses também acontecem com frequência.

    Só participam bailarinos profissionais?

    Na ballroom, temos categorias de dança (que são as categorias de vogue, ou “Performance”, como são chamadas dentro da cena) e também temos categorias estéticas, de moda, desfile, beleza etc. No vogue, algumas das pessoas que competem têm vivência prévia no mundo da dança, mas a maioria chega mesmo sem experiência profissional e vai aprendendo do zero. É por isso que quase sempre você vai ver nas balls categorias voltadas às pessoas que ainda são iniciantes (Baby Vogue), porque todo mundo tem que começar em algum lugar. Além disso, costuma-se dizer que o vogue é uma dança que depende muito do sentimento e da identidade pessoal que você imprime naquela performance, muitas vezes mais do que o aspecto técnico. Dito isso, muita gente se descobre no vogue e acaba se profissionalizando dentro da cena, passando a dar aulas e a se envolver em projetos com artistas de grande visibilidade.

    Vocês são ligados a algum órgão ou recebem algum apoio?

    A grande maioria dos treinos e uma boa parcela das balls acontecem nos Cucas, nas periferias de Fortaleza. Foi no Cuca Barra que aconteceu a primeira ball da cena local. As houses e os coletivos que organizam eventos na ballroom cearense com frequência tocam seus projetos em parceria com esses equipamentos e a Secretaria de Juventude da Prefeitura, mas não se limitam a isso: já surgiram oportunidades de realizar balls em teatros, universidades, museus, casas noturnas etc. O que não significa exatamente que existe fartura no financiamento desses trabalhos – pelo contrário, via de regra é um dinheiro suado e que muitas vezes não chega a cobrir todos os custos necessários. E claro, algumas balls também são feitas só mesmo na cara e na coragem.

    Como vai funcionar a batalha de sexta na Valentina? Terá premiação? Quais?

    Nas balls, as categorias funcionam de forma aberta – ou seja, lá na hora mesmo a categoria é anunciada e quem quiser pode entrar. Mas tem que prestar atenção às exigências para cada uma, incluindo o que deve ter no seu look. Mais informações sobre isso é possível encontrar nos perfis do Instagram da House of Valentino (@kikihouseofvalentinobr_) e da cena ballroom cearense (@ballroomceara). Sobre premiações, teremos várias! São R$ 800 distribuídos para cinco categorias (Runway, Sex Siren, Realness, Face e Performance).

    By Jordan Vall

    É Jornalista, com uma maior atuação na cultura e entretenimento. Deu início a sua carreira na televisão na TV Unifor, como produtor, repórter e apresentador do principal jornal da emissora universitária. O profissional já foi produtor e comentarista de um quadro do Programa Matina, na TV União. No “Deu O Que Falar”, quadro semanal da emissora aberta, comentava sobre o mundo dos famosos, levava pautas relevantes para a sociedade, através das notícias das celebridades. Foi durante 2 anos, produtor, diretor e repórter na TV Otimista e atualmente é assessor de comunicação, CEO na Assertiva Comunicação e Colunista do Portal Conexão Magazine (Portal de Notícias no Rio de Janeiro). Como amante da moda, foi convidado para ser jurado da 6ª edição do Salão de Moda Ceará. Além de todas essas atuações, Jordan é CEO/Fundador e repórter no In Fluxo Portal, tratando de pautas culturais, cobertura de eventos e muito mais. O profissional também atua como modelo e influenciador digital.Instagram: @jordan_vall / contato comercial: jordanvall@influxoportal.com

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