A agricultura brasileira é protagonista no cenário global, sendo referência na produção e exportação de matérias-primas demandadas por diversos países. Em um papel extremamente importante para a economia nacional, um dos principais fatores que permite e favorece este desempenho é o investimento crescente da inovação no setor – a qual, quando bem conduzida, pode trazer benefícios que vão muito além do que a maior eficiência no cultivo.
Abarcando cerca de 25% do PIB brasileiro, segundo dados do Cepea/Esalq-USP, o setor vem passando por uma intensa transformação tecnológica, por meio da adesão constante de sistemas e ferramentas eficientes, sustentáveis e dinâmicos que otimizam seu desempenho. Possíveis de serem aplicadas em toda a sua cadeia produtiva, essas soluções inovadoras potencializam as operações no agronegócio, expandindo sua capacidade de atendimento para cada vez mais mercados, reduzindo custos com processos manuais e perdas de safras e, principalmente, permitindo um controle de dados que favoreça a tomada de decisões mais assertiva.
Com a pandemia, esta digitalização foi potencializada significativamente, em resposta a uma necessidade de garantir o trabalho dos produtores de maneira mais veloz e eficiente, para que atendessem ao crescimento da demanda sentida. Considerada hoje como uma aliada indispensável, este investimento já se tornou mandatório para produtos de todos os portes – tendo contribuído, ainda, para o surgimento de tendências que estão revolucionando as operações do setor.
Dentre os maiores avanços vistos nos últimos anos, a agricultura de precisão é uma das mais fortes, estimulando o uso de ferramentas robustas em prol da diminuição de perdas e maximização de ganhos econômicos e sustentáveis nas lavouras. Em conjunto, o melhoramento genético também se tornou uma das maiores contribuições da inovação no agronegócio, viabilizando o desenvolvimento de sementes de alto rendimento que proporcione um cultivo mais bem preparado para germinar e resistir às adversidades que possam danificar seu crescimento.
Em meio a tamanhas ferramentas e técnicas robustas despontando, um estudo divulgado pela consultoria 360 Research & Reports estima que o mercado de agricultura digital atinja US$ 8,33 bilhões até 2026 – impulsionadas, principalmente, pelo reconhecimento do investimento à inovação no setor e em práticas e metodologias que reforcem os projetos instaurados. Nesse objetivo, a ISO de inovação vem se mostrando como a metodologia mais eficaz capaz de auxiliar o setor em sua jornada de prosperidade.
Reconhecida e aprovada internacionalmente, ela é capaz de construir um modelo de governança voltado para a inovação nas empresas de todos os portes e segmentos. Completamente flexível e adaptável conforme as necessidades de cada negócio, promove enormes benefícios no agronegócio, auxiliando os produtores a encontrarem os melhores caminhos para atingirem seus objetivos desejados por meio de padrões a serem ajustados conforme as necessidades individuais.
Sua implementação favorece o desenvolvimento de novos produtos, serviços ou processos de maior valor agregado, permitindo uma tomada de decisões muito mais estratégica e muitas outras vantagens – e, ao contrário do que muitos acreditam, em um processo muito simples e desburocratizado, desde que conduzida com o apoio de uma consultoria especializada no ramo.
Em uma aderência cada vez maior das mais completas tecnologias do mercado, a inovação no agronegócio se tornou uma aliada obrigatória para garantir o bom desempenho do setor, assim como o cultivo de produtos de excelente qualidade e seu monitoramento em tempo real para garantir o atendimento à demanda do mercado. Diversas tendências estão despontando no mercado, oferecendo aplicações muito positivas de serem investidas por todos os produtores. Aqueles que não acompanharem esse movimento, dificilmente continuarão prosperando e atingindo metas excepcionais.
Alexandre Pierro é mestrando em gestão e engenharia da inovação, bacharel em engenharia mecânica, física nuclear e sócio-fundador da PALAS, consultoria pioneira na ISO de inovação na América Latina.