O mais recente Relatório Focus, do Banco Central, apontou que o mercado espera uma inflação de 5,65% para 2025. Com a inflação em alta e a possibilidade de juros elevados, os investidores precisam estar atentos às melhores estratégias para proteger seu patrimônio e escolher os ativos certos pode fazer a diferença no rendimento das aplicações.
A inflação, por si só, não impacta diretamente os fundos de investimento, mas a alta dos juros que ela pode provocar sim. Quando os juros sobem, os fundos de renda fixa sofrem desvalorização temporária, pois possuem ativos comprados a taxas fixas que precisam ser ajustados ao mercado. Já os fundos atrelados ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI) são menos afetados, pois acompanham o movimento da taxa de juros.
Os fundos multimercado e de ações também sentem os efeitos da alta dos juros, pois o custo do dinheiro aumenta e reduz o valor projetado dos ativos, o que pode desvalorizar suas cotas.
Nos investimentos de renda fixa, os títulos atrelados ao Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) rendem mais quando a inflação sobe. Já os pré-fixados são vantajosos se a inflação cair, mas podem trazer prejuízo caso ela aumente. Os títulos atrelados ao CDI tendem a sofrer menos impacto, pois já embutem uma taxa acima da inflação.
“Com um planejamento bem estruturado e uma seleção cuidadosa de ativos, é possível minimizar os impactos da inflação e manter uma estratégia de investimentos eficiente, mesmo em cenários desafiadores”, orienta Wagner Palma, assessor de investimentos da WFlow.
Para novos aportes, a recomendação é priorizar investimentos em renda fixa que ofereçam retorno acima da inflação, garantindo mais proteção ao capital.