A fascite plantar é uma das lesões que mais acomete as pessoas nos dias de hoje. Caracterizada por uma inflamação da planta (ou sola) do pé, ela costuma estar relacionada ao excesso de movimentos nessa região. São dois formatos mais comuns de pés que podem trazer esse problema: o pé plano ou “chato” ou o pé que possui a planta muito alta, ambos apresentando pouca mobilidade.
“Os músculos das pernas não podem estar tensionados ou encurtados, o que faria com que os movimentos de relaxamento e tensão que caracterizam as pisadas e o caminhar, não fossem realizados de forma natural, o que força o pé a fazer um papel que não é o dele, gerando tensão e, consequentemente, a inflamação”, explica o personal trainer Samorai, especialista em movimentos e treinamento 3Dimensional.
Quando ocorre a inflamação, os sintomas são dores fortes, semelhante a facadas, debaixo do pé, perto do calcanhar, que impedem as pessoas de correr e, em casos crônicos, até mesmo de caminhar. A dor costuma ser mais intensa pela manhã, mas alivia durante o dia com a caminhada. Várias podem ser as causas, inclusive hérnia de disco ou problemas de compressão.
O personal explica que um outro problema que pode levar à inflamação é uma extensão de quadril que não seja suficiente para fazer o movimento completo da caminhada e, consequentemente, não ajuda o pé no momento da pisada, o que acaba estressando os tecidos da região. Assim como o core, que corresponde à região do tronco e do abdômen, que precisa ter ativação correta nos movimentos de braço na caminhada. Logo, esse core não pode ser muito rígido e nem fraco para não sobrecarregar o pé.
Algumas medidas ajudam na prevenção do problema e, segundo o personal, a principal delas é o fato do corpo estar equilibrado e harmônico e com todas as funções treinadas, exercendo suas tarefas de uma maneira adequada. “Além disso, acho importante as pessoas pisarem mais descalças, não usarem tênis de outras pessoas. É muito comum irmãos crescerem e os tênis passarem de um para outro, mas isso vicia o pé de um ao erro do outro. Mais um ponto importante é que as pessoas se mantenham mais ativas e se atentem às questões emocionais, como se perdoar mais, ser mais leve, aceitar mais para não ficarem pisando duro, quase marchando, porque isso pode mostrar que ela está presa em algum problema emocional”, diz Samorai.
Samorai afirma ainda que por meio do treinamento 3Dimensional, que estuda os movimentos do corpo em três dimensões, é possível identificar as diversas causas que podem levar à fascite plantar e dessa forma, seguir com o tratamento mais adequado, já que “onde está a dor, nem sempre é onde está a causa do problema e é ela quem deve ser descoberta”, conclui o especialista.