Tendências do setor de varejo e consumo no Brasil foi tema de bate-papo entre executivos promovido pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF-CE) e a PwC Brasil. À frente da explanação estiveram a sócia e líder de auditoria em varejo e consumo da PwC, Helena Rocha; a sócia líder de varejo e consumo da PWC, Luciana Medeiros; o sócio e líder de consultoria tributária em varejo e consumo da PwC, Giancarlo Chiapinotto e a diretora comercial, marketing e produto da DelRio, Luciana Grinstein. A moderação dos debates ficou com a diretora Vogal do IBEF-CE, Luciane Salles.
“Debater a experiência do consumidor, as novas tecnologias e como as empresas precisam estar atentas a esse novo momento do mercado tem é muito importante. São momentos como esses em que trocamos experiências e vivências, que podemos implementar estratégias importantes de mercado”, disse sobre o evento o presidente do IBEF-CE, Ives Castelo Branco.
Os palestrantes destacaram, por exemplo, experiências obtidas na NRF Retail Big Show, maior evento de varejo mundial, ocorrido em janeiro. “O primeiro ponto que destacamos é a grande feira de Nova Iorque, com foco no consumidor que quer experiência, valor, solução. A experiência vem através da inteligência artificial. A solução é entrar no ponto de venda e ter solução e o valor é o custo benefício, que nem sempre é ao preço, mas qualidade. A questão da Geração Z é um grande desafio, pois é imediatista, não aceita Feedback, é uma geração desafiadora para os Recursos Humanos. É uma realidade. Não dá para voltar atrás”, explicou Luciana Grinstein.
Ainda segundo a especialista, as empresas estão se preparando para esse momento. “Percebemos o empresário preocupado com o consumidor, o produto certo para o público certo. No Ceará, no entanto, ainda temos uma caminhada maior a seguir. Temos que fazer mais. Há exemplos de empresas que estão fazendo um trabalho muito bom de RH, mas precisamos evoluir mais”, disse.
A respeito da experiência do cliente, Helena Rocha falou sobre os desafios atuais. “Falamos sobre tendências do setor de um modo geral, mas o que ficou muito presente em todas as falas foi o ser humano que está por trás do consumidor. Como trazer inovação, como personalizar, como colocar esse consumidor no centro do produto? Focar a IA, sim, mas como operacionalizar isso no negócio? Como treinar a força de trabalho com tecnologia e gerar mais resultado, com foco no lucro no final do dia?”, destacou.
Para Giancarlo Chiapinotto o destaque do debate entre os executivos também foi a reforma tributária. “É um grande desafio ainda em razão da falta de regulamentação das empresas, mas é preciso se preparar e pensar no planejamento a longo prazo com extinção de benefícios fiscais. Como varejo e NRF, como as empresas tem que se preparar para conseguir receitas a mais e como não tributar de forma não excessiva.
No que diz respeito a experiência do consumidor, Luciana Medeiros disse que 76% da população brasileira está na classe C, D e E. “As empresas precisam fazer reflexão estratégica para ver como está isso dentro da sua organização até a execução. É preciso refletir sobre isso para transformar essa visão com o consumidor e como trabalhar melhor o seu conceito considerando o consumidor final”, concluiu.