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“O Sonho Americano” é ambientado no Brasil, nos anos 1970, no auge do endurecimento da ditadura militar, e revela aspectos da nossa sociedade hoje. A peça revela como emoções tais quais insegurança, medo e o desamparo são manipulados e as reações possíveis quando a pequena burguesia se vê numa situação crítica.
A história começa com a inesperada visita de Bento à sua tia, Antônia, e sua prima Beatriz. O rapaz é recém ingresso na luta armada, todavia, fracassa a sua primeira atuação contra repressão e ele precisa de um lugar para passar a noite até que seu grupo possa organizar sua fuga. Bento tem a mesma idade que Beatriz, tendo sido adotado quando ainda tinha sete anos. Assim, ambos cresceram muito próximos, como se fossem irmãos.
É por isso que Bento, mesmo que chegando inesperadamente e numa situação tão delicada, é muito bem recebido por ambas. As horas que passam juntos servem como um mergulho em memórias de família, conversas acerca da ditadura e expectativas para o futuro do Brasil. Mas, em algum momento, Beatriz recebe a informação de que foi aprovada para sua desejada pós-graduação em Harvard, e então tudo muda. Ela teme que a presença de um “subversivo” em sua casa possa prejudicá-la, e assim, ela é capaz de tudo, inclusive denunciar seu próprio primo.
Essa é a premissa de “O Sonho Americano”, que embora ambientada no início dos anos de 1970, estabelece conexões entre aquele período e tantos fatos tão atuais no Brasil.
Além do texto, Luiz Carlos Checchia assina também a direção do espetáculo que tem no elenco os atores Camila Costa Melo, Cristina Bordin, Flávio Passos, Gabriel Santana e Ruben Pignatari. O espetáculo estreia em setembro, para curta temporada no Teatro Studio Heleny Guariba, em São Paulo.