O Sindicato dos Médicos do Ceará lançou, nesta semana, o 16º episódio do Laudo Med, podcast para debate de temas relevantes envolvendo a medicina com impacto direto na rotina dos médicos, famílias e sociedade cearense. O novo episódio traz como tema a greve dos servidores da atenção primária à saúde de Fortaleza. Para falar sobre o assunto, a Dra. Thaís Timbó, gerente jurídica da entidade, recebeu Plauto Rocha, diretor do Sindicato dos Enfermeiros do Ceará (Senece), e Cleyton Magalhães, coordenador do Sindicato dos Odontologistas do Ceará (Sindiodonto).
Na ocasião, os representantes dos sindicatos dos médicos, dentistas e enfermeiros explicam os motivos que levaram os servidores a deflagrar a greve, falam da importância da atenção primária e das condições estruturais dos postos de saúde e repassam aos servidores as primeiras orientações sobre a greve.
Cleyton Magalhães faz um resgate histórico da luta dos servidores em relação à jornada de trabalho. “Desde 2013, as categorias têm reivindicado, na época ao prefeito Roberto Cláudio, no que diz respeito às gratificações devidas e não pagas, revisões gerais anuais e correções dos salários pelos índices inflacionários. Naquele momento, fruto de uma movimentação de greve dos trabalhadores, o prefeito entendeu que, pela condição fiscal do município, seria importante deferir uma redução da jornada de trabalho como compensação, que significaria um aumento salarial indireto, e a estrutura utilizada para isso foram os processos formativos de educação permanente, de uma redução da jornada de trabalho de 8 horas”, detalha.
Durante o podcast, Thais fala sobre a falta de segurança que os profissionais enfrentam. “Lidamos com a insegurança constante nas unidades de saúde. Infelizmente, diariamente recebemos relatos de profissionais que foram assediados moralmente, sofreram princípio de agressões físicas, unidades que já sofreram assaltos e tiros. Isso é algo muito preocupante e deixa os profissionais ainda mais aflitos para trabalhar”, explica.
“O movimento grevista é algo dinâmico, então não temos como pré-estabelecer todos os atos. Ao passo em que a greve for acontecendo, novas atividades serão deliberadas. As entidades sindicais estão em busca de diálogo”, complementa Thais.
Confira o episódio na íntegra: https://linktr.ee/Sindicatodosmedicosdoceara