Escritor, realizador de projetos literários e coordenador de atividades culturais, Edir Bertuccelli Novo tem a trajetória profissional conectada à espiritualidade. Em seus livros, sempre destacou assuntos relevantes para a sociedade – por exemplo, no lançamento Um Milagre na Floresta Amazônica, percorre temas como o respeito de crenças, a preservação da natureza e a sabedoria dos indígenas.
Nesta obra, além de abordar questões ambientais e sociais, também ressalta a importância da conexão espiritual no cotidiano, independentemente da religião. “Precisamos difundir mais o assunto para que as pessoas tenham consciência da importância das nossas diversidades, seja ela qual for, não propriamente entrar em uma determinada religião, porque cada um tem que buscar aquilo que se sente melhor”, afirma.
Na entrevista abaixo, o autor dá detalhes sobre seu novo livro e sobre os ensinamentos que busca propagar com o trabalho:
1 – “Um Milagre na Floresta Amazônica” é seu sétimo livro e fala sobre um homem que busca a cura para uma doença incurável pela medicina. Por que você decidiu escrever essa história?
Edir Bertuccelli Novo: O principal destaque desse livro trata da amizade entre duas pessoas, em que Charles deixa tudo de lado, inclusive uma promoção no seu emprego, para ajudar seu amigo. Além disso, busco chamar a atenção para temas muito importantes, como a Amazônia e os povos originários.
2 – Além do espiritismo, você aborda a umbanda e as diferentes crenças dos povos indígenas. Para você, qual a importância de tratar da diversidade religiosa brasileira na literatura?
E.B.N.: Estamos vivendo um momento de transformação na evolução espiritual no sentido mais global, sem distinção de religião, onde precisamos chamar a atenção para acabar com a intolerância religiosa.
3 – Você mostra a importância da espiritualidade na vida do personagem. Na sua opinião, como a espiritualidade pode mudar o cotidiano das pessoas?
E.B.N.: Entendo que precisamos difundir mais o assunto para que as pessoas tenham consciência da importância das nossas diversidades, seja ela qual for, não propriamente entrar em uma determinada religião, porque cada um tem que buscar aquilo que se sente melhor, mas mostrar a importância do fundamento do bem ao próximo.
4 – Em sua carreira, você relaciona literatura e espiritismo. O que essa doutrina tem a dizer também para os leitores que não são religiosos?
E.B.N.: O espiritismo não recrimina ou discrimina nenhuma pessoa, muito pelo contrário, ele respeita a opção de cada um. A base da doutrina espírita é simplicidade, pureza, amor e caridade.
5 – Quais são seus próximos planos na literatura?
E.B.N.: Continuar trazendo ensinamentos para revermos conceitos importantes que ficaram para trás com o passar dos anos. Resgatar temas importantes para nossa evolução material e espiritual, como amizade, família, paz, respeito, ajuda aos necessitados, proteger a nossa fauna e flora e também cuidar com merecimento dos povos originários.
Sobre o autor: Nascido na capital de São Paulo, Edir Bertuccelli Novo trabalha com cultura e literatura há anos. Promoveu, por exemplo, atividades de escrita durante seu período como coordenador literário voluntário do Centro Cultural Aricanduva. Um dos seus trabalhos na instituição foi o I Concurso de Poesias, que recebeu 500 inscrições de textos em Língua Portuguesa de vários lugares do mundo. Também realizou um concurso voltado para contos espíritas em parceria com a Artlivros&Cia, que culminou na “Antologia de Contos Espíritas”. Atualmente, ele seleciona produções para uma antologia sobre Iemanjá pelo mesmo projeto. Tem sete livros publicados.