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É possível ter uma vida normal com a esclerose múltipla

Levantamento da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) aponta que a esclerose múltipla é a doença neurológica que mais afeta jovens adultos, sendo na sua maioria mulheres. Mesmo considerada rara, ela atinge uma média de 35 mil pessoas no Brasil e 2,5 milhões em todo o mundo, e ainda assim é desconhecida por cerca de 80% da população. A doença é autoimune, afeta o cérebro, os nervos e a medula espinhal. Para chamar a atenção para a patologia, foi criado em 2006 o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, que acontece em 30 de agosto. 

Já o Agosto Laranja foi criado pela organização não governamental Amigos Múltiplos pela Esclerose (AME), em 2014, com o objetivo de acabar com mitos sobre a doença e fomentar mais respeito, dignidade e acolhimento para quem convive com a enfermidade. O neurologista Iron Dangoni Filho, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, reforça essa ideia. “Acho que a principal mensagem para o Agosto Laranja é poder mostrar para as pessoas que a esclerose múltipla é tratável, que quem convive com a patologia pode ter qualidade de vida e que geralmente vai ter uma vida normal. Precisamos espalhar essa informação”. 

O médico salienta que há grupos de risco para a enfermidade. “A esclerose múltipla é uma doença de jovem, na faixa etária de 20 a 40 anos, principalmente em mulheres. Inclusive, a desproporção entre homens e mulheres têm aumentado ao longo dos anos. Até o momento não se sabe o motivo. Existem vários fatores de risco para o desenvolvimento da esclerose múltipla, socioambientais, de estresse, de localização. Fatores genéticos também estão associados”, afirma. Ele lembra que uma alimentação saudável ajuda na melhora e controle da enfermidade. “A esclerose múltipla é uma doença inflamatória. Então, alimentos que são considerados antioxidantes diminuem a inflamação e são bastante benéficos”.


Sintomas

Iron Dangoni Filho relata os sinais de que é preciso estar atento: “os principais sintomas são: o início de fraqueza ou dormência em um braço, uma perna, mas principalmente no rosto, e esse é um sinal bem típico – dormência em um dos lados do rosto. Outra questão é uma alteração visual, que diminui a visão associada dor. Pode ocorrer alteração da marcha, na qual a pessoa fica andando de forma desordenada, torta. Além disso, a esclerose múltipla tipicamente é uma doença que vem em surtos, então são episódios de alteração neurológica que duram pelo menos 24 horas e que vão recorrendo ao longo da vida”.

Segundo o médico, existe tratamento, que é medicamentoso e serve para evitar os surtos e controlar a doença. Ele salienta que é possível conviver bem com a esclerose múltipla. “É uma doença incurável, mas a possibilidade de uma vida normal é uma realidade, a doença mudou a partir do tratamento de alta eficácia. E baseado nesses tratamentos, a gente controla a inflamação da doença, a pessoa tem uma vida sem surtos e isso evita que ela tenha problemas e viva normalmente”, explica Iron.

Apesar de toda a evolução em relação aos tratamentos e qualidade de vida dos portadores da esclerose múltipla, o neurologista lamenta que ainda exista muito preconceito em torno da enfermidade. “Infelizmente isso acontece muito por desconhecimento. As pessoas têm imagem do Google e do que era doença antigamente. Isso tem mudado com os influencers, que acabam falando que tem esclerose múltipla e que vivem bem, são boas referências, inclusive. Isso é bom porque muda esse estigma da doença, mas ainda assim existe um preconceito e existe um medo muito grande envolta dela. Sempre foi pensado que a esclerose múltipla é uma doença que deixa a pessoa em cadeira de rodas, extremamente debilitante. Hoje em dia a gente consegue ver ela de uma forma diferente”, afirma.

By Jordan Vall

É Jornalista, com uma maior atuação na cultura e entretenimento. Deu início a sua carreira na televisão na TV Unifor, como produtor, repórter e apresentador do principal jornal da emissora universitária. O profissional já foi produtor e comentarista de um quadro do Programa Matina, na TV União. No “Deu O Que Falar”, quadro semanal da emissora aberta, comentava sobre o mundo dos famosos, levava pautas relevantes para a sociedade, através das notícias das celebridades. Foi durante 2 anos, produtor, diretor e repórter na TV Otimista e atualmente é assessor de comunicação, CEO na Assertiva Comunicação e Colunista do Portal Conexão Magazine (Portal de Notícias no Rio de Janeiro). Como amante da moda, foi convidado para ser jurado da 6ª edição do Salão de Moda Ceará. Além de todas essas atuações, Jordan é CEO/Fundador e repórter no In Fluxo Portal, tratando de pautas culturais, cobertura de eventos e muito mais. O profissional também atua como modelo e influenciador digital. Instagram: @jordan_vall / contato comercial: jordanvall@influxoportal.com

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