Créditos: Anie Barreto
O espetáculo circense “Akey”, encenado pela artista Kaye Djamiliá, seguetemporada de apresentações. Nesta quarta-feira, 26 de julho, às 19h, será apresentado no CUCA Jangurussu, com entrada gratuita.
“Akey” espetáculo na linguagem do circo, parte inicialmente da investigação do lugar do corpo feminino no circo, percebendo que este está sempre relacionado à perfeição ou risco de vida, criando ainda uma relação entre o exibicionismo, o erótico, a morte e a desidentificação. Ao friccionar este lugar, entendendo a própria crise da linguagem, que provocou tantas reinvenções ao longo da sua história, algumas perguntas surgem: Quais as técnicas, aparatos, equipamentos, tecnologias que configuram um trabalho como um trabalho circense? Qual o corpo? Quais os suportes para a criação? Qual a matéria? Em Akey partimos do corpo. O que chega para compor o trabalho, chega a partir do corpo. Um corpo não é vazio. Um corpo é a primeira matéria.“Corpo-de-consciência-da-morte”. O corpo de Akey carrega o contato com a técnica, a partir do desejo de ser outro corpo. Akey carrega o próprio desejo. Akey carrega o mito. A morte. A criação. O ato cósmico. Uma dramaturgia que chega através do corpo. O tensionamento da linguagem a partir do desejo do corpo de encontrar-se com outras matérias. Com o som, com a palavra, com o quadrinho, com os equipamentos que conferem a Akey o poder da transmutação. Akey é a chave. Akey é o encontro de matérias.
Sinopse: Tudo aqui é um mistério de contrários. Achar a chave. Akey. Você me ouve? Você me vê? Ela. A mulher sem ossos. A mãe sem ossos. A velha sem ossos. A criança sem ossos. A coisa sem ossos. Akey. A chave para abrir o corpo. Akey. O encontro de matérias.
Kaye Djamiliá – Multiartista e professora, graduada em Teatro-Licenciatura pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Começou a pesquisar a linguagem circense logo após ingressar no curso Co-laboratório em artes circenses (Colab), e hoje integra o coletivo Desvie que pesquisa e cria dentro das modalidades aéreas. Realizou trabalhos no teatro, no cinema, na dança e no circo. Desde 2018 vem atuando também como encenadora. Mais recentemente começou a desenvolver também um trabalho com voz e música experimental com o grupo Murukutu.
Este projeto foi aprovado no IX Edital das Artes da Secretaria de Cultura de Fortaleza. – Secultfor, Lei 10.432/2015.
Serviço
Akey– Espetáculo Circense
Dia 24 de julho (quarta-feira)
Horário: 19h
Local: Cuca Jangurussu
Avenida Governador Leonel Brizola, s/n, Jangurussu
Classificação: 14 anos.
Entrada Gratuita
Mais informações: Instagram @tempoaberto_