O Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE) e o Museu da Cultura Cearense (MCC), que integram o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura — complexo da Rede Pública de Espaços e Equipamentos Culturais do Ceará (Rece), vinculado à Secult Ceará e gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar —, apresentam uma série de exposições. A iniciativa busca aproximar o público da riqueza da produção artística, com especial destaque para os talentos cearenses.
O MCC, por exemplo, prorrogou suas exposições até 20 de abril de 2025, oferecendo ao público mais tempo para explorar as diversas propostas artísticas em cartaz. Entre os destaques estão “Mandingueira”, “O Papel do Papel”, “Anunciação: vou te olhar no vazio imenso” e “O que tem em cima do Morro?”, cada uma trazendo olhares singulares sobre questões sociais e culturais.
Já o MCC segue com a exposição Teimosia, em cartaz até 6 de abril de 2025, em celebração aos 30 anos de carreira dos artistas Gerson Ipirajá e Silvano Tomaz. Além disso, o público pode conferir a mostra permanente Vaqueiros, que resgata a riqueza da cultura sertaneja com base em uma pesquisa realizada entre 1998 e 1999. Com essas exposições, o MCC reforça seu compromisso com a difusão, a fruição e a valorização do patrimônio cultural cearense.
Saiba mais sobre as exposições em cartaz no Dragão do Mar:
MCC
Teimosia
A exposição celebra 30 anos de produção artística dos artistas cearenses Gerson Ipirajá e Silvano Tomaz. As obras, produzidas a partir de 2021, trazem um olhar voltado para a importância do teimar, do insistir e do perseverar como devir da própria existência. A teimosia trabalhada na curadoria diz respeito não somente à ação de quem labuta sob difíceis condições, mas qualifica o próprio sujeito da ação: coloca no centro o artista teimoso que confia na validade da sua luta. A curadoria é de Kadma Marques
Vaqueiros
Inaugurada em 28 de abril de 1999, a exposição de longa duração Vaqueiros, localizada no piso inferior do Museu da Cultura Cearense, é o carro-chefe do MCC e já recebeu mais de 1 milhão de visitantes, compondo o circuito cultural de turistas e moradores da cidade. Nela, encontram-se elementos que possibilitam rememorar e reconstruir o que, tradicionalmente, compreende-se como cultura sertaneja. A exposição etnográfica tem curadoria de Margarita Hernandez e projeto expográfico de André Scarllazari e resulta de pesquisa coordenada pela historiadora Valéria Laena no período de 1998-1999, com equipe multidisciplinar formada por museólogos, antropólogos, historiadores, documentalistas e fotógrafos em expedição pelo sertão cearense.
MAC-CE
Mandingueira
Com curadoria de Eduardo Bruno, a mostra de Pedra Silva aborda temas de ancestralidade, corpo e natureza. A artista utiliza diversas linguagens, como performance, vídeo e escultura, para questionar e exaltar os saberes dos povos de terreiro, propondo uma arte contracolonial que reivindica o lugar sagrado dos corpos trans.
O papel do papel
A exposição de Samuel Tomé, com curadoria de Renata Felinto, explora a fragilidade e o poder simbólico do papel. Através de desenhos, fotografias e vídeos, o artista reflete sobre as fronteiras sociais e a circulação de poder na cidade, questionando as margens e os centros urbanos.
Anunciação: vou te olhar no vazio imenso
Esta exposição coletiva, que reúne obras de artistas como Antonio Breno, biarritzzz e Camila Fontenele, é focada na relação entre matéria e espaço. A mostra utiliza a geometria, o preto e o branco para criar uma experiência sensorial que dialoga com a arquitetura do museu. A curadoria é de Clébson Francisco.
O que tem em cima do Morro
Com curadoria de Débora Soares e Ismael Gutemberg, a mostra traz uma reflexão sobre as histórias e memórias dos moradores do Arraial Moura Brasil, uma comunidade periférica de Fortaleza. A exposição é resultado de uma pesquisa colaborativa entre o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e os moradores do bairro, situado próximo ao equipamento cultural, que compartilharam objetos, fotografias e relatos sobre suas vivências. O espaço também destaca figuras locais como Francisco Finim, Paulinho da Hora e Dona Anita, além de celebrar a trajetória do Bloco do A Turma do Mamão, que comemora 50 anos de carnaval.
Serviço:
Exposições “Anunciação: vou te olhar no vazio imenso”, “Mandingueira”, “O papel do papel” e “O que tem em cima do morro?”
Em cartaz no Museu de Arte Contemporânea do Ceará, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, até 20/04/25.
Acesso gratuito, com visitações de quarta a sexta, das 9h às 18h, e aos sábados, domingos e feriados, das 13h às 18h, sempre com último acesso até as 17h30.
Exposição “Teimosia”, de Gerson Ipirajá e Silvano Tomaz
Em cartaz no Museu da Cultura Cearense, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, até o dia 6 de abril de 2025.
Acesso gratuito, com visitações de quarta a sexta, das 9h às 18h, e aos sábados, domingos e feriados, das 13h às 18h, sempre com último acesso até as 17h30.
Exposição permanente “Vaqueiros”
Visitas de quarta a sexta, das 9h às 18h (com acesso até as 17h30), e aos sábados, domingos e feriados, das 13h às 18h (com acesso até as 17h30).
Acesso gratuito e livre.