Geração de empregos e um movimento dinâmico na economia de cidades de todos os cantos do país que beneficiou uma cadeia de 52 atividades impactadas pelo setor de cultura e entretenimento como operadores turísticos, bares e restaurantes, serviços gerais, segurança privada, hospedagem etc. Este é o balanço que a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos – ABRAPE faz do Carnaval 2023, o primeiro realizado sem as medidas restritivas provocadas pela pandemia do coronavírus (covid-19).
“O segmento de eventos tem a capacidade de gerar empregos de forma rápida e democrática, atendendo todas as camadas da sociedade. Além disso, os números registrados em todo o país mostram a importância das políticas de proteção ao segmento implantadas durante a crise da pandemia, como o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE). Isso foi o que permitiu termos empresas fortes e estruturadas já neste Carnaval”, salienta o empresário Doreni Caramori Júnior, presidente da ABRAPE.
Estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontam que o Carnaval de 2023 deve gerar uma receita de R$ 8,18 bilhões em todo o país, um volume 26,9% maior que em 2022. Só no Rio de Janeiro, a prefeitura prevê uma movimentação econômica total de R$ 4,5 bilhões, um crescimento de 12,5% em comparação com o ano passado, de acordo com o estudo Carnaval de Dados, publicação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação (SMDEIS), em parceria com o Instituto Fundação João Goulart e com a Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur).
Em outros grandes centros, os números também são positivos. A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) fez uma previsão da injeção de R$ 1 bilhão na economia mineira e geração de 9 mil postos de trabalho só na capital. “A Prefeitura do Recife já divulgou os resultados pós-festa. Ao todo, mais de 2,7 milhões de foliões curtiram as festas nos 44 polos da cidade, movimentando mais de R$ 2 bilhões na economia da capital pernambucana e gerando 50 mil postos temporários de trabalho”, frisa Doreni.
Para o presidente da ABRAPE, é fundamental que se mantenha e consolide as conquistas do PERSE, para que números positivos assim continuem se repetindo no país ao longo do calendário de eventos previsto para o restante do ano. O programa abrange cinco pontos importantes para o segmento: refinanciamento de dívidas, créditos para sobrevivência das empresas, desoneração fiscal, manutenção de empregos e condições de adiamento e cancelamento de atividades. Atualmente, o setor de eventos é responsável por 4,32% do PIB nacional e movimenta, anualmente, R$ 270 bilhões em mais de 590 mil atividades em todo o país