Com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Museu Nacional apresentou ao público sua fachada principal nesta sexta-feira (2). O projeto faz parte das obras de reconstrução do Palácio São Cristóvão, edifício histórico do Rio de Janeiro (RJ), que foi destruído em um incêndio há quatro anos. A celebração será seguida de uma série de exposições e apresentações culturais no prédio e em seu entorno.
Assinado em junho de 2018 entre o BNDES e a Associação Amigos do Museu Nacional, o contrato originalmente previa ações como recuperação do prédio, de acervo e de espaços expositivos. Com a tragédia em setembro daquele ano, o projeto teve o escopo alterado de forma a permitir a aplicação dos recursos na reconstrução do prédio. Desta forma, o BNDES está investindo R$ 50 milhões em infraestrutura para a revitalização completa do Museu. A previsão é que o prédio esteja totalmente aberto ao público em 2027.
Restauração da Fachada Frontal, Cobertura e Esquadrias do Bloco 1 – O trabalho envolve a renovação de estruturas e alvenarias, a produção de 59 portas e 22 janelas, além da reconstrução dos telhados. Todas as intervenções seguem as recomendações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
A restauração da fachada contou com a participação de 65 profissionais, em um esforço de reconstrução mantendo as referências arquitetônicas originais. O amarelo ocre da fachada e o verde das portas, por exemplo, são as mesmas cores do período imperial. Da mesma forma, a restauração das esculturas centenárias de mármore de Carrara, que ficavam no topo da fachada, ocorreu de forma a preservar a identidade do palácio.
Além do BNDES, participam desta iniciativa a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – instituição a que está vinculado o Museu Nacional –, as Organizações das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o Instituto Cultural Vale e o Banco Bradesco. A coordenação para reconstrução do Museu está a cargo do Projeto Museu Nacional Vive.
Museu Nacional – Instituição científica mais antiga do Brasil e um dos museus de ciência mais importantes do mundo, o Museu Nacional foi fundado por D. João VI em 1818. Inicialmente instalado no Campo de Santana, o Museu foi posteriormente transferido para o Palácio de São Cristóvão, monumento tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e situado na Quinta da Boa Vista, um dos mais importantes parques urbanos do Rio. Antes de abrigar o Museu Nacional, o Palácio de São Cristóvão foi residência das famílias real portuguesa e imperial brasileira.