Segundo informações divulgadas pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), a incidência de câncer de colo do útero é de 16.710 novos casos por 100 mil mulheres a cada ano. Já o risco de mortalidade é estimado em 15,38 a cada 100 mil mulheres. Assim como outros tipos de câncer, descobrir o tumor no início é essencial para ter sucesso na busca pela cura da doença. Por esse motivo, alguns procedimentos podem ser utilizados para detectar a presença de tumores logo após o surgimento dos primeiros sintomas. Um dos exames que ajudam a identificar as lesões indicativas dessa condição é a colposcopia.
A investigação, segundo o Ministério da Saúde, é utilizada para obter uma avaliação detalhada do colo do útero, da vagina e da vulva. Além de auxiliar no diagnóstico do câncer, o exame também ajuda a identificar indícios de inflamações e doenças como o HPV. Embora muitas mulheres mantenham a frequência ao consultório de ginecologia, procedimentos como esses ainda geram dúvidas. Entender como funciona o exame é essencial para garantir a saúde.
Como é feito a colposcopia?
Segundo a American Cancer Society, a colposcopia é um procedimento em que o médico consegue visualizar o colo do útero por meio de um colposcópio. Esse instrumento possui lentes de aumento que permitem observar a região de maneira clara e nítida. Além do aparelho, o ginecologista utiliza duas substâncias durante a investigação, o ácido acético e o lugol. A realização do procedimento é similar a uma consulta ginecológica. A paciente deve se deitar na maca com as duas pernas levantadas e afastadas para que o médico ou a médica consiga introduzir o aparelho e visualizar a região. Ainda de acordo com a sociedade americana, caso seja encontrada alguma anormalidade durante o exame, o ginecologista pode remover uma pequena amostra do tecido para realizar uma biópsia. Essa ação é necessária para investigar a presença de doenças que afetem diretamente a saúde e qualidade de vida da mulher.
Existem preparações para o exame?
Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a preparação do exame é essencial para garantir a visibilidade do colo uterino. A recomendação é que o procedimento seja realizado fora do período menstrual. Além disso, deve-se evitar relações sexuais antes da investigação, pois os fluidos podem alterar o pH na cavidade vaginal. Em geral, a colposcopia é um procedimento simples e não causa dor, mas pode provocar desconforto quando o médico aplica os produtos que auxiliam na visibilidade da região.
Indicações para colposcopia
Para realizar o exame, é preciso ter indicação médica. De acordo com a Febrasgo, esse procedimento é utilizado como método de prevenção e pode ser indicado por diferentes motivos, entre eles estão a evidência de alterações de células de significado indeterminado, lesões intraepiteliais de alto grau e presença de sinais clínicos de metrorragia e dispareunia. Além disso, o exame é indicado quando for observado prurido vulvar crônico, aspecto anormal no colo e na vagina, no exame a olho nu, e no auxílio pré-operatório de intervenções no trato genital. Segundo a Febrasgo, a colposcopia só pode ser realizada em mulheres gestantes a partir do sétimo mês de gravidez.