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    Câncer de próstata cresce entre os mais jovens; cólon e reto é o segundo mais frequente em adultos

    Blue awareness ribbon for prostate cancer, men health and diabetes in November with light blue bow color on medical doctor record, male patient healthcare concept

    A grande maioria dos homens classifica o câncer de próstata como uma doença da terceira idade. No Brasil, sem considerar os tumores de pele não-melanoma, o câncer de próstata é o mais comum em todas as regiões do país, representando 29% dos diagnósticos da doença em relação à população masculina, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer). 

    Mas um fator que vem preocupando especialistas é o crescimento da doença em um público mais jovem. No Estado de São Paulo, 93,6% das internações ocorrem entre adultos e idosos de 55 anos ou mais. Um estudo publicado pelo Observatório Oncológico mostrou que nos últimos anos, houve um aumento de  5% no número de novos casos entre homens com idade entre 20 e 49 anos.

    No entanto, o aumento observado pelo Instituto, se restringe ao número de casos e não de óbitos; ou seja, não houve aumento de mortalidade. No Estado de São Paulo, o percentual de diagnóstico no estágio 1 é de 13,4% (número menor que a média nacional que é de 15,3%). Entre os fatores de risco do câncer de próstata existem dois principais: a hereditariedade (genética) e a idade. Outro fator importante é manter hábitos de vida saudável. Embora a doença não esteja relacionada diretamente ao sedentarismo, o câncer de modo geral precisa de certos cuidados para ser evitado, como levar uma vida saudável, alimentação equilibrada, evitar uso de álcool, cigarros e cigarros eletrônicos. 

    Segundo levantamento do INCA, o segundo câncer mais comum entre os homens (exceto pele não melanoma) é o câncer de cólon e reto. Os números são inferiores aos de próstata, 20.540 novos casos, contra 65.850. Uma vez feito o diagnóstico precoce, este tipo de tumor, apresenta 90% de chance de cura. 

    Para conscientizar mais os homens e diminuir o machismo estrutural, a Sociedade Brasileira de Urologia em parceria com a Astrazeneca, fez uma pesquisa com 1.061 homens com idades entre 40 e 70 anos nas 10 principais capitais brasileiras e detectou que 77% dos entrevistados não fazem o exame por preconceito

    Dados da 4Life Prime, uma das maiores empresas de saúde ocupacional do país, mostram que neste ano quase 2.600 empresas das áreas de indústria, fábricas e operacionais adquiriram palestras de conscientização sobre o câncer de próstata. Nos últimos 5 anos, a demanda cresceu 86% por palestras voltadas para o novembro azul. 

    É muito importante este movimento de conscientização, quanto mais cedo detectada a doença, maior a chance de cura. O investimento por parte das empresas é muito pequeno, perto do resultado que conseguimos com as palestras e as ações nas empresas, que é preservar vidas”, explica Alex Araujo, CEO da marca. 

    “Enquanto no Outubro Rosa temos 85% de clientes em escritórios, áreas administrativas e empresas de tecnologia. No Novembro Azul, 100% das palestras concentram-se no meio operacional, destes, 85% concentram-se em fábricas e indústrias, considerados mercados de risco 3 e 4, onde há grande concentração de mão-de-obra masculina. A 4Life Prime vem com o intuito de orientar os colaboradores para a prevenção da doença e ajudar as empresas, a diminuir a quantidade de afastamentos. Prevenir ainda é o melhor tratamento”, comenta Alex.

    O risco de morte por câncer de próstata é mais elevado entre os homens com sobrepeso, apontou estudo publicado pela revista BMC Medicine, pesquisadores analisaram dados de mais de 200 mil homens a partir da base do Biobank, uma organização que coleta há anos dados de saúde no Reino Unido. Os pesquisadores concluíram que o risco de morte por câncer de próstata, frequente entre os homens, está efetivamente relacionado ao sobrepeso de maneira direta: quanto maior a obesidade, maiores as chances de morrer. 

    Óbitos

    De acordo com os dados do Ministério da Saúde, cerca de 60% das mortes pela doença concentram-se em idosos com mais de 75 anos. Já os homens de 55 a 74 anos, representam 38% dos óbitos. Dessa maneira, 98% das mortes causadas pelo câncer de próstata no Brasil, ocorrem em homens com mais de 55 anos.  

    Dados do sistema de informação sobre a mortalidade do Ministério da Saúde revelam que de 2019 a 2021 foram mais de 47 mil óbitos em razão desse tipo de tumor. Em 2021, 16.055 homens morreram devido à doença, o que representa cerca de 44 mortes por dia. 

    Câncer de Próstata no Brasil e no Mundo 

    A estimativa mundial apontou o câncer de próstata como o segundo câncer mais frequente em homens no mundo. Foram estimados 1.280 mil casos novos, o equivalente a 7,1% de todos os valores de cânceres considerados. Esse valor corresponde a um risco estimado de 33,1/100 mil. 

    No Brasil, os Estados com maior taxa de casos, calculado para cada 100 mil homens são Sergipe, com (122,95), Tocantins (114,92), Piauí (99,76), Mato Grosso do Sul (93,30) e Rio Grande do Norte (86,42). Os Estados com menores índices são Pará (33,08), Santa Catarina (39,25), Amazonas (42,50), Acre (43,12) e Minas Gerais, com (43,78).  

    Os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, tiveram estimativas de (45,69) e (55,87), respectivamente. 

    Novembro Azul 

    O movimento surgiu na Austrália, em 2003, chamado Movember, aproveitando as comemorações do Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, realizado no dia 17 de novembro.

    Em vários países, o Movember é mais do que uma simples campanha de conscientização. Há reuniões entre os homens com o cultivo de bigodes cheios, símbolo da campanha, nas quais são debatidos, além do câncer de próstata, outras doenças como o câncer de testículo, depressão masculina, cultivo da saúde do homem. 

    November chegou ao Brasil em 2008, trazido pelo Instituto Lado a Lado pela Vida em conjunto com a Sociedade Brasileira de Urologia.  Novembro Azul no Brasil é marcado por diversas ações de divulgação sobre o câncer de próstata, como palestras sobre medidas de prevenção e campanhas para a realização do exame físico (toque) e do PSA (exame de sangue que detecta alterações do antígeno prostático específico, que podem ser indicativas dessa neoplasia).

    By Jordan Vall

    É Jornalista, com uma maior atuação na cultura e entretenimento. Deu início a sua carreira na televisão na TV Unifor, como produtor, repórter e apresentador do principal jornal da emissora universitária. O profissional já foi produtor e comentarista de um quadro do Programa Matina, na TV União. No “Deu O Que Falar”, quadro semanal da emissora aberta, comentava sobre o mundo dos famosos, levava pautas relevantes para a sociedade, através das notícias das celebridades. Foi durante 2 anos, produtor, diretor e repórter na TV Otimista e atualmente é assessor de comunicação, CEO na Assertiva Comunicação e Colunista do Portal Conexão Magazine (Portal de Notícias no Rio de Janeiro). Como amante da moda, foi convidado para ser jurado da 6ª edição do Salão de Moda Ceará. Além de todas essas atuações, Jordan é CEO/Fundador e repórter no In Fluxo Portal, tratando de pautas culturais, cobertura de eventos e muito mais. O profissional também atua como modelo e influenciador digital.Instagram: @jordan_vall / contato comercial: jordanvall@influxoportal.com

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