A CAIXA Cultural Fortaleza apresenta, entre os dias 12 a 23 de fevereiro de 2025, a Mostra As mil noites – o cinema de Paula Gaitán. Com curadoria de Ava Rocha, o público terá a oportunidade de conhecer a obra de Paula Gaitán, cineasta cuja carreira é marcada por uma profunda investigação das relações entre imagem e som, sendo um dos principais nomes do cinema brasileiro e latino-americano contemporâneo.
A programação da Mostra, que conta com patrocínio da CAIXA e do Governo Federal, é gratuita e reúne nove longas-metragens, 14 curtas e médias-metragens e dois videoclipes. Um dos destaques é a estreia do curta “História das Imagens Aleatórias” (2025), apresentado pela primeira vez na CAIXA Cultural Fortaleza. A programação completa da Mostra pode ser conferida no site da CAIXA Cultural e no @caixaculturalfortaleza.
A mostra conta também com a videoinstalação inédita “Duas Beiras”, exibida anteriormente apenas na Cinemateca de Bogotá. “Duas Beiras” ficará permanentemente disponível ao público para visitação na CAIXA Cultural Fortaleza, no Foyer Superior, de 10h30 às 20h (terça a sábado) e de 12h30 às 18h (domingos e feriados).
Um ciclo de dois debates acontecerá com a presença de Paula Gaitán. No dia 15 de fevereiro (sábado), às 18h30, a cineasta conversa com a crítica Lorenna Rocha, e no dia 16 (domingo), às 17h, a conversa será com o cineasta Pedro Diógenes.
Workshop
Paula Gaitán também ministrará um workshop especial, composto por quatro masterclasses, dia 12 de fevereiro, às 14h e do dia 13 a 15, às 10h30. Durante as aulas, a diretora abordará sua trajetória, os desafios da escrita cinematográfica, as possibilidades da linguagem, a construção de narrativas audiovisuais e as diferentes etapas do processo de criação de um filme, desde a concepção da ideia até sua finalização. Para participar, os interessados devem preencher o formulário disponível no site da CAIXA Cultural. Serão disponibilizadas 50 vagas, preenchidas por ordem de inscrição. O workshop é gratuito.
Pluralidade e radicalidade estética
Entre os destaques da Mostra As mil noites – o cinema de Paula Gaitán estão “Uaka” (1988), primeiro longa-metragem de Gaitán, filmado na aldeia Kamayurá, no Alto Xingu; “Exilados do Vulcão” (2013), vencedor do Festival de Brasília; o épico “Luz nos Trópicos” (2020), exibido no Festival de Berlim e premiado no Olhar de Cinema; “O Canto das Amapolas” (2023), que ganhou o prêmio Carlos Reichenbach de melhor filme na mostra Olhos Livres no Festival de Tiradentes; e seu mais recente trabalho, “História das Imagens Aleatórias” (2025).
O público também poderá conferir uma seleção de filmes em que Paula Gaitán registrou encontros com grandes artistas e intelectuais, como Lygia Pape, Agnès Varda, Arrigo Barnabé, Jean-Claude Bernardet, Glauber Rocha, com quem foi casada, Negro Léo, Maria Gladys e Eliane Radigue, além de videoclipes dirigidos para Elza Soares e Ana Frango Elétrico.
Após sua temporada em Fortaleza, a Mostra seguirá para a CAIXA Cultural Rio de Janeiro, onde permanecerá de 6 a 16 de março de 2025.
Sobre a cineasta
Paula Gaitán é uma cineasta colombiano-brasileira que atualmente reside em São Paulo. Sua trajetória no cinema começou em 1987, com a direção de seu primeiro longa-metragem, “Uaka”. Desde então, construiu uma filmografia extensa e diversificada, que inclui 10 longas-metragens, inúmeros curtas, séries televisivas e instalações. Entre seus trabalhos de destaque estão “Diário de Sintra” (2008), “Agreste” (2010), “Exilados do Vulcão” (2013), “É Rocha e Rio, Negro Léo” (2020), “Luz nos Trópicos” (2020), “Ostinato” (2022), “Se Hace Camino al Andar” (2022) e “O Canto das Amapolas” (2023).
Movendo-se constantemente entre diferentes territórios, Paula Gaitán fez do estado de motus perpétuo o cerne de sua criação artística. Sua obra reflete sua atuação como poeta, fotógrafa e artista visual, transitando entre linguagens e explorando as possibilidades do cinema como espaço de experimentação. Repletos de fragmentos literários, imagens de arquivo e performances marcantes, seus filmes reafirmam o cinema como um território de fronteiras fluidas, onde imagem, som e narrativa se encontram em composições únicas e instigantes.