A Pinacoteca do Ceará oferece, na programação desta semana, uma série de atividades formativas em diálogo com as exposições em cartaz. Em destaque, uma aula aberta com a artista Naine Terena sobre arte indígena contemporânea. Além de yoga e visitas mediadas, oficinas de pintura com pigmentos naturais (toá), de bordado em Libras e o Ateliê Criança Cria “Pequeno laboratório de restauro” complementam a programação do museu, que integra a Rede de Equipamentos e Espaços Culturais da Secretaria da Cultura do Ceará (SECULT-CE) e é gerido em parceria com o Instituto Mirante.
As atividades iniciam na quarta-feira (23), a partir das 17h30, com a prática meditativa sahaja yoga no pátio da Pinacoteca. Esta edição do “Yoga ao pôr do sol”, conduzida por Gracy Furtado, dispõe de 20 vagas e materiais para a prática. As inscrições na recepção iniciam com uma hora de antecedência.
Na quinta-feira (25), das 16h às 17h, a Pinacoteca realiza uma “Conversa de ateliê” sobre o acervo de Alice Oliveira, ativista dos movimentos de mulheres lésbicas e feministas desde a década de 1970. Pedro Vieira, responsável pela produção de projeto de catalogação e digitalização do acervo da fotógrafa, será o mediador do diálogo entre a artista e os participantes, sobre as interseções entre fotografia, ativismo e preservação de memória dos movimentos. A atividade dispõe de 30 vagas, com inscrições na recepção com uma hora de antecedência.
A sexta-feira (25) começa com uma atividade infantil. O Ateliê Criança Cria “Pequeno laboratório de restauro” propõe que as crianças, a partir de 5 anos, conheçam e experimentem o trabalho do acervo desde o laudo de obras até a montagem de exposições, aprendendo sobre o processo de conservação e restauração feito em museus em forma de brincadeira. O ateliê acontece das 14h às 16h, com 15 vagas para crianças acompanhadas de um responsável.
Na tarde de sexta-feira, das 15h às 17h, a Pinacoteca realiza a oficina “Pintura com pigmentos naturais” com Navegante Tremembé, artista indígena com mais de 40 anos de trajetória. A atividade oferece a oportunidade de conhecer o processo de extração e uso do toá, um pigmento natural retirado do solo do mangue, aprendendo sobre a memória, a espiritualidade e a relação ancestral do povo Tremembé com a terra. São 15 vagas, com inscrições na recepção com uma hora de antecedência.
Fim de semana
No sábado (26), das 15h às 18h, a Pinacoteca oferece a Oficina em Libras de bordado em aquarela, com tradução para o português. A atividade, destinada a pessoas a partir de 15 anos, busca estimular e acessibilizar os processos de expressão, criação e reflexão, cultivando a percepção, o imaginário e o repertório da cultura surda. A oficina oferece 15 vagas, com inscrições na recepção uma hora antes.
Já às 17h, a Pinacoteca recebe Naine Terena para uma aula aberta com a temática “Domesticando cânones – arte indígena no contemporâneo”, no auditório do museu. A aula faz um passeio por experiências desenvolvidas por Naine em instituições oficiais de arte e acervo entrelaçando com os ensinamentos, diálogos e perspectivas para a arte indígena brasileira. A atividade oferece 100 vagas e acessibilidade em Libras. As inscrições na recepção iniciam com uma hora de antecedência.
No domingo (27), o Ateliê Criança Cria “Colorindo Fotografias” convida os pequenos a propor intervenções nas paisagens urbanas, desenhando e colorindo fotografias de Fortaleza. A atividade acontece em duas edições (10h e 15h), com 15 vagas e é destinada a crianças a partir de 3 anos acompanhadas de um responsável.
Ainda no domingo (27), das 11h às 12h30, a Pinacoteca apresenta a mostra audiovisual “Delírio tropical”, no auditório do museu. A atividade reúne oito trabalhos de artistas que integram a exposição coletiva de mesmo nome em cartaz no museu. São filmes, videoartes e performances em vídeo, ampliando a reflexão sobre corpos e territórios. O auditório dispõe de 100 vagas a serem ocupadas por ordem de chegada.
Serão exibidas obras dos artistas Keila Sankofa (Alexandrina, um relâmpago, 2022), Biarritz (Onde está Mymye Mastroiagne?, 2023), Thiago Martins de Melo (Rasga Mortalha, 2019), Denilson Baniwa (Colheita Maldita Cores. HD, 2021-2022), Juliana Notari (Amuamas, 2018), Allyster Fagundes (Reverbero, 2020), Nay Jinkss (Maré Alta – o imaginário está atrás da porta, 2023) e Davi Jesus do Nascimento (Gemer Carranca Naufragada, 2023).
Além das atividades da programação, o público pode visitar livremente duas exposições em cartaz no museu, além da Mostra Acervo com obras do artista Chico da Silva .