A Faculdade INBEC recebeu, na manhã do último sábado (11/05), diversos players da área de tecnologia para debater inovação e investimento na área. O evento foi realizado por profissionais do mercado de Tecnologia da Informação e vem ocorrendo em todo o país. Na ocasião, foram explanados os cases e experiências das empresas cearenses Normatel e Camed Corretora de Seguros. Entre os objetivos, o apoio à aproximação da área de tecnologia das empresas com a academia e outros empresários.
O momento foi conduzido pelo CEO do INBEC, Antônio Bitencourt. “É um momento importante no sentido de conexão para todos estarem atentos às inovações do mercado, buscando soluções para o dia a dia das empresas. Os parceiros trazem inovação e, por meio do nosso hub, criam essa conexão entre empresas, alunos e sociedade. É importante o que estamos pretendendo com esse evento. A Faculdade INBEC é inclinada para a área de tecnologia, com lançamento de dois cursos nessa aérea”, disse Bitencourt.
Um dos diferenciais do INBEC é a parceria com empresas, que enviam seus profissionais para especializações na faculdade. “O tema hub de inovação precisa conectar as áreas. E quando se consegue essa conexão com o público externo, jovens, empresas, para estarem atentos às inovações do mercado, fazemos nosso papel como instituição de educação, fomentando a tecnologia no nosso estado”, ressaltou o CEO.
Sobre a perspectiva da inovação em ambiente conservador, o presidente do Instituto Teslando e professor do INBEC, Elton Uchôa, reforçou a importância de estratégias para mostrar ao empresariado que é preciso levar inovação para que se haja um bom resultado financeiro. “Caso contrário, não conseguimos materializar para o empresário que aquele investimento é positivo, não conseguimos fazer a inovação ser adotada como visão estratégia de uma grande empresa. Precisamos investir em pessoas e em tecnologia. É uma questão cultural como um desafio. Quando temos um ambiente conservador, temos dificuldades de aceitar o erro. No ambiente inovador, é diferente. A questão é errar pouco e avançar rápido. A ideia é que se entenda que testar e errar fazem parte. Esse é o conflito que temos no Nordeste”, explicou.
Cases da Normatel e Camed
Um dos representantes de empresas que estiveram presentes ao longo dos debates foi o diretor de tecnologia da Normatel, Paulo Mello. A empresa cearense possui 48 anos de mercado. “Temos no sangue a questão da inovação como modelo de negócio. Tínhamos um desenvolvimento próprio, um sistema específico, e trocamos para um sistema de mercado e não foi uma boa experiência. Desde então, essa parte de inovação foi ficando um pouco mais cara e complexa. Depois, fizemos o movimento de criação do hub”, contou Paulo, destacando que em menos de 1 ano, o investimento se pagou e hoje a Normatel consegue operacionalizar os processos de maneira mais prática e eficiente, através, por exemplo, de aplicativos próprios.
Outra organização que debateu o tema foi a Camed. O diretor de negócios da empresa, Phillipe Brandão, contou que a Camed vem potencializando e aumentando a base de clientes e por isso a gestão da empresa entendeu que era preciso inovar. “Mas a nossa cultura é conservadora. Era preciso um diagnóstico e assim fizemos uma parceria com um grupo para criar essa ambiência. Fizemos um processo para isso e constituímos um hub de inovação para desenvolver os processos e gerar mais eficiência e resultado”, contou.
Público presente
A diretora acadêmica do INBEC, Mariete Lima, ressaltou que os cases apresentados são importantes por serem exemplos de processos eficientes, permitindo que o público se conecte com outros hub de inovação. “Esse encontro é um ecossistema de inovação onde fazemos network. A inovação e a tecnologia estão aqui, mas são duas visões diferentes. Inovação não é só tecnologia. Inovação é algo que se cria, mas também algo que já existe e que pode ser melhorado”, disse.
Renato Hebert, supervisor de empreendedorismo do Núcleo de Qualidade de Tecnologia do Ceará (Nutec), presente no debate, disse que é fundamental essa conexão entre as empresas públicas, privadas e a academia. “O que me trouxe foi conhecer o ecossistema de inovação corporativa. É uma oportunidade de fazer benchmarking, entender como esses agentes de inovação das empresas privadas estão melhorando o processo de inovação, identificando oportunidades. O objetivo aqui é conhecer o mercado de inovação corporativa e ver se consigo agregar conhecimento para implementar no Nutec. Entendemos que a inovação está segregada. Queremos fazer conexões para propor parcerias e melhorar a inovação no Ceará”, concluiu.