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    Hospitais Inteligentes: importância de projetos de arquitetura e engenharia compatíveis com o futuro

    Por Luciana Cartocci, Diretora Executiva da Teleinfo Soluções

    A infraestrutura das instituições de saúde mudou porque os pacientes também mudaram. Imagine que em uma visita de rotina, muitas pessoas reclamam – e com razão – se não há rede de wi-fi disponível. O que muitos encaram como um detalhe é, na verdade, essencial: muitos convênios, por exemplo, contam apenas com carteirinhas virtuais. Além disso, do ponto de vista do atendimento, a telemedicina vem ganhando espaço e exige disponibilidade de recursos. A tecnologia não é mais um plus, é um pressuposto, mas os projetos de arquitetura e engenharia estão levando esta nova dinâmica em consideração?

    Imagine que com apenas um tablet um paciente internado pode controlar a luz, as persianas, a TV, a inclinação da cama e através do mesmo dispositivo chamar a equipe de enfermagem para o quarto ou até mesmo realizar um atendimento por telemedicina. Nas instituições que são referência no Brasil, há, inclusive, chamados de voz utilizando o smart speaker, Alexa. A tecnologia, além de efetiva para tornar a experiência do paciente mais agradável, ainda faz parte da vida doméstica de muitos deles, colaborando com que se sintam mais em casa durante a estadia.

    Outro ganho é que se alia a experiência do paciente com recursos inteligentes para a equipe de cuidado. Hoje, as chamadas direcionadas ao posto de enfermagem são para todos os tipos de solicitação do paciente ou acompanhante – desde mais um travesseiro até uma emergência médica. Contudo, com a tecnologia é possível direcionar as solicitações para seus respectivos setores, desafogando o assistencial para que possam focar naquilo que é mais essencial: a atenção à vida.

    Definitivamente, tais recursos compõem aquilo que entendemos como “Hospitais Inteligentes”, mas o conceito vai além da automação dos leitos. Estamos falando de Prontuários Eletrônicos e o apoio de Big Data para otimizar o cuidado e gestão da saúde. Os dados possibilitam planejar e dimensionar melhor as equipes de atendimento, proporcionando uma alocação mais assertiva do expediente dos profissionais, além de identificar o perfil de pacientes que necessitam de maior ou menor assistência.

    A inovação impõe a necessária estruturação de uma central de monitoramento, ambiente responsável por analisar as informações extraídas em tempo real dos monitores de telemetria e das câmeras que abastecem o prontuário eletrônico, emitir alertas e contatar os profissionais de saúde diretamente. Assim, e com a ampliação da telemedicina e do uso de devices médicos de monitoramento, torna-se possível a consolidação das internações em domicílio nos casos menos complexos, apoiadas pela telemedicina e atendimento remoto. Para isso, os projetos de arquitetura devem estar cada vez mais em linha com a criação desses espaços tecnológicos.

    O que está em jogo é que a tecnologia tem que ser empática, temos que nos colocar no lugar de quem vai usar para avaliarmos o impacto no cotidiano. E isso pode significar uma nova – e melhorada – dinâmica de atendimento de ponta a ponta. Por exemplo, quando todo o histórico do paciente já está no sistema, este não chega mais como um desconhecido, além disso, antes mesmo de entrar na instituição já pode realizar o check-in e, com isso, alertas podem ser emitidos avisando ao setor que o paciente já chegou no hospital agilizando o atendimento.

    O paciente, ainda pelo smartphone, pode acessar a própria geolocalização para ser conduzido pelo aplicativo ao local onde realizará o exame, internação ou consulta, como uma espécie de Waze ou Google Maps interno. No horizonte, estes cenários compõem uma imagem mais ampla da missão que é munir as pessoas com mais recursos inteligentes ao passo que humanizamos a tecnologia.

    No fim do dia, esta é a tarefa principal: criar, adaptar e pensar em espaços compatíveis com toda a tecnologia já disponível e com aquela que nos surpreenderá em breve, não mais como um diferencial, mas desde os estudos preliminares nos projetos de engenharia e arquitetura. Este futuro eficiente, dinâmico e que coloca o paciente no centro, mas com igual atenção à experiência de quem cuida – médicos, enfermeiros, profissionais de limpeza e manutenção, gestores, entre outros – é possível, mas exige infraestrutura. O nosso papel é preparar a estrada por onde vão correr tais inovações.

    By Jordan Vall

    É Jornalista, com uma maior atuação na cultura e entretenimento. Deu início a sua carreira na televisão na TV Unifor, como produtor, repórter e apresentador do principal jornal da emissora universitária. O profissional já foi produtor e comentarista de um quadro do Programa Matina, na TV União. No “Deu O Que Falar”, quadro semanal da emissora aberta, comentava sobre o mundo dos famosos, levava pautas relevantes para a sociedade, através das notícias das celebridades. Foi durante 2 anos, produtor, diretor e repórter na TV Otimista e atualmente é assessor de comunicação, CEO na Assertiva Comunicação e Colunista do Portal Conexão Magazine (Portal de Notícias no Rio de Janeiro). Como amante da moda, foi convidado para ser jurado da 6ª edição do Salão de Moda Ceará. Além de todas essas atuações, Jordan é CEO/Fundador e repórter no In Fluxo Portal, tratando de pautas culturais, cobertura de eventos e muito mais. O profissional também atua como modelo e influenciador digital.Instagram: @jordan_vall / contato comercial: jordanvall@influxoportal.com

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