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    Por que é importante criar políticas de combate ao abandono digital infantil?

    As discussões acerca do tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes, levantam questões importantes que vão além da garantia da privacidade de informações pessoais desses indivíduos. De acordo com a pesquisa “Privacidade e proteção de dados pessoais 2021: perspectivas de indivíduos, empresas e organizações públicas no Brasil”, realizada pelo NIC.br, 93% dos brasileiros com idades entre 9 e 17 anos são usuários da internet, o que corresponde a 22,3 milhões de jovens conectados.  

    Esse cenário ressalta a necessidade de políticas voltadas para a fiscalização da atuação desses adolescentes e crianças na internet, a conscientização da cidadania digital, além de ações de combate ao cyberbullying e abandono digital. O tema vem ganhando força entre especialistas em segurança digital, cibersegurança e educação, que analisam a atuação de menores de idade na internet e nas redes sociais, e de que forma o uso irresponsável ou sem a supervisão adequada dos pais pode impactar no futuro dessas crianças. 

    Recentemente, estive em Brasília e apresentei uma minuta de Projeto de Lei, no Senado Federal, que foi encampada pelo Senador Eduardo Gomes (PL-TO), que altera a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), para criminalizar o abandono digital de crianças e adolescentes. A proposta sugere a inclusão dos Artigos 241-F, 241-G, 241-H e propõe a aplicação de multas e penalidades a pais e responsáveis que tenham qualquer ação omissiva em relação à supervisão da atuação de crianças e adolescentes na internet. 

    A proposta criminaliza ainda a omissão de empresas e profissionais que exerçam atividades vinculadas aos cuidados ou formação da criança, que seja vítima ou cometa algum tipo de ilícito no mundo digital enquanto estejam sob seus cuidados. 

    O mesmo tratamento será exigido dos gestores públicos e agentes políticos, que por omissão ou negligência contribuam para que referidos eventos aconteçam. 

    Se aprovado, o projeto de lei contribuirá para aumentar a fiscalização acerca da atuação de crianças e adolescentes na internet, a fim de mitigar casos de ciberbullying e ajudar os pais na formação cidadã e conscientização digital desses jovens. E ampliar a fiscalização e apoio do ECA junto a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) acerca da atuação e fiscalização de dados dos menores de idade. 

    Além disso, para a criação de políticas de conscientização, é importante garantir a participação de importantes agentes que atuam na formação dessas crianças e adolescentes, como: pais, responsáveis, professores e a escola. Seja através da inserção de atividades realizadas em sala de aula ou em casa, esse tipo de iniciativa vai preparar a criança e o adolescente para o mundo online, incentivando a formação de uma cultura de cidadania digital e destacando a importância da internet e como ela pode ser positiva. 

    Advogado e especialista em Direito Digital, Marcelo Fattori é CEO e fundador da seusdados, legaltech especializada na proteção de informações das empresas. Também foi presidente da Comissão de Direito Digital e Proteção de Dados da OAB de Jundiaí (2019-2021).  

    By Jordan Vall

    É Jornalista, com uma maior atuação na cultura e entretenimento. Deu início a sua carreira na televisão na TV Unifor, como produtor, repórter e apresentador do principal jornal da emissora universitária. O profissional já foi produtor e comentarista de um quadro do Programa Matina, na TV União. No “Deu O Que Falar”, quadro semanal da emissora aberta, comentava sobre o mundo dos famosos, levava pautas relevantes para a sociedade, através das notícias das celebridades. Foi durante 2 anos, produtor, diretor e repórter na TV Otimista e atualmente é assessor de comunicação, CEO na Assertiva Comunicação e Colunista do Portal Conexão Magazine (Portal de Notícias no Rio de Janeiro). Como amante da moda, foi convidado para ser jurado da 6ª edição do Salão de Moda Ceará. Além de todas essas atuações, Jordan é CEO/Fundador e repórter no In Fluxo Portal, tratando de pautas culturais, cobertura de eventos e muito mais. O profissional também atua como modelo e influenciador digital.Instagram: @jordan_vall / contato comercial: jordanvall@influxoportal.com

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