O atraso na regulamentação das casas de apostas esportivas no Brasil resultará na perda de R$ 3 bilhões em arrecadação de impostos ao Tesouro Nacional, somente no período de realização da Copa do Mundo. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Portal BNLData, ao longo de 2022, o déficit para os cofres públicos chegará a R$ 6,4 bilhões pela falta de tributação com as apostas.
Para o empresário e trader esportivo Antônio Mandarrari, CEO da plataforma Lance 365, o segmento mantém um crescimento fora da curva no país. As casas de apostas legalizadas no Brasil não podem ter sede em território nacional, devido a não regulamentação do setor que era prevista antes do início da disputa da Copa do Mundo, no Catar.
“O futebol é uma paixão nacional e os brasileiros também recorreram ao segmento das apostas como um novo modo de entretenimento. Esse atraso sobre a legislação para o setor impactará, de verdade, em um alto volume de receita que poderia ser somado às arrecadações do Governo Federal”, explicou Mandarrari.
Em dezembro de 2018, o então presidente Michel Temer sancionou a Lei 13.756/2018, que trata da regulamentação e legislação do setor no país, permitindo as apostas em sites. O Ministério da Economia havia determinado um prazo de 2 anos para regulamentar o sistema de apostas esportivas no país, prorrogáveis por mais 2 anos, e essa prorrogação aconteceu no final de 2020. Logo, o prazo será encerrado nos próximos dias, sendo esperada uma resolução sobre o tema até o dia 31 de dezembro, último dia de mandato do Presidente da República, Jair Bolsonaro.
“O esporte que conquista adeptos no mundo também é destaque no mercado das probabilidades. O futebol lidera o ranking dos esportes que mais recebem palpites nas casas de apostas. Com a Copa do Mundo esse sentimento de paixão é mais que revelado pelos brasileiros e amantes do esporte que buscam os sites para o seu entretenimento e, ainda, para a garantia de uma renda extra”, finalizou o empresário.
A atenção direcionada ao impactante segmento também compõe um estudo organizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) que estima a movimentação entre R$ 4 bilhões e R$ 9 bilhões anuais ao mercado de apostas esportivas no Brasil. O volume teria a geração de altos impostos para o Tesouro Nacional.