O número de pessoas com graduação superior e pós-graduação é maior a cada ano. Para o mercado de trabalho, isso simplesmente significa um grande volume de profissionais qualificados disputando as mesmas oportunidades. Com tanta concorrência, o primeiro passo para se destacar e sair vencedor neste campo de batalha nem sempre é oferecer as melhores qualificações.
De acordo com o consultor de carreira, Bruno Cunha, qualificação sem planejamento de carreira não serve de nada. ”O profissional deve, em primeiro lugar, saber como planejar o seu futuro. Por outro lado, deve-se considerar também que gerenciar eficientemente uma carreira não é nada simples. Afinal, diante do menor imprevisto, as coisas podem ter seu caminho modificado, seguindo uma rota que provavelmente não se programou”, esclarece.
Pensando nisso, construir um plano de carreira cujo intuito é direcionar o crescimento profissional trata-se de um processo crucial. Isso porque, por meio dele, é possível atingir as metas que forem estabelecidas ao longo da jornada e, é claro, identificar mais rapidamente cada etapa da carreira: experiência, foco, consolidação e transição.
A primeira fase de experiências compreende os profissionais com idade entre 20 e 30 anos que, como o próprio nome sugere, estão experimentando as diferentes possibilidades do mercado de trabalho. Sendo assim, este momento se caracteriza pela busca de diversas tentativas e experimentos diversos. Por isso, conhecer alguns caminhos e possibilidades nesta fase pode ser algo considerado “normal”. Já o profissional de 30 e 40 anos já começa a colocar em prática seus conhecimentos e habilidades adquiridas anteriormente. Nessa etapa da carreira, é importante já ter definido quais os objetivos mediante o mercado, bem como ter uma ideia clara sobre os trilhos que sua jornada profissional seguirá.
Já a fase de consolidação, abrange os profissionais após os 40 anos. Portanto, quem está nesta etapa provavelmente já tem uma profissão muito bem definida e uma carreira consolidada na área escolhida. “O indivíduo nesta posição se caracteriza por alguém que está no auge da sua vida profissional, com reconhecimento em sua área de atuação e ganhos econômicos interessantes, e por isso, uma eventual transição não é tão simples, embora não impossível”, explica.
Finalmente, a 4ª fase, também chamada de fase de transição ou inovação da carreira é um momento no qual o profissional já passou da quinta década de vida e, portanto, já começou a se organizar para criar novos caminhos na vida profissional, descobrindo novas formas laborais a fim de se sentir produtivo. Nesta fase, em geral, as pessoas têm como principal objetivo antepor o momento que se torna viável deixar de trabalhar oficialmente e passa a estabelecer o que será realizado nesta fase da vida, seja apostar em uma atividade que lhe traz prazer, como um hobby ou simplesmente uma nova atividade ou área profissional.
Em suma, construir um plano de carreira durante a vida é algo fundamental. Contudo, este deve condizer com sua realidade, pois nada adianta esperar que as coisas ocorram rapidamente. Sendo assim, ao estabelecer os objetivos e expectativas para cada momento, pode tornar mais fácil compreender tanto o momento atual, quanto a hora certa de avançar.
“Nesse sentido, uma dica valiosa é estabelecer metas alcançáveis, porém, não necessariamente isso quer dizer que é preciso sonhar pequeno. Muito pelo contrário, há milhares de profissionais bem-sucedidos que chegaram a tal posição a partir dos riscos corridos, afinal, este é um elemento essencial para se manter sempre desafiado a evoluir, o que, por sua vez, pode contribuir positivamente para a carreira”, conclui.
SERVIÇO:
Bruno Cunha – consultor de carreira
Instagram: @carreiracombrunocunha
Site: https://www.carreiracombrunocunha.com.br/blog