Com a chegada das festas de final de ano se aproximando, os consumidores já começaram a fazer compras para essa temporada. Para entender melhor as mudanças nas tendências de consumo da população, a Criteo, empresa de Commerce Media, realizou uma pesquisa online com 1.000 pessoas.
De acordo com o estudo, o digital prevalecerá como o método favorito de compras dos brasileiros em 2022, em detrimento das compras em lojas físicas – uma grande mudança em relação às festas de fim de ano, época em que os sites de varejo funcionavam como catálogos online e as compras aconteciam presencialmente nas lojas. Neste ano, 76% dos brasileiros planejam comprar presentes por meio de sites, aplicativos de lojas, marketplaces e até mesmo por redes sociais. Desse total, 65% pretendem comprar diretamente pelos seus celulares e 24% devem utilizar notebooks e computadores como meio para adquirir produtos.
Esses números são levemente mais altos na região Centro-Oeste, onde 72% dos entrevistados afirmam que devem fazer compras por meio de seus smartphones, seguidos pelo Nordeste (68%) e pelo Norte (67%). Em relação às pessoas que devem fazer compras por meio de notebooks, o destaque é para o Sudeste, com uma porcentagem superior à média nacional (28%).
Segundo Tiago Cardoso, gerente geral da Criteo na América Latina, os hábitos de compras de fim de ano mudaram drasticamente, principalmente com o início da pandemia em 2020. “No passado, os consumidores preferiam comprar em lojas físicas, mas com base em nossos dados, vemos agora que o online tem tido mais prioridade. Devido a isso, podemos esperar que o setor de comércio eletrônico ganhe ainda mais força nas festas de fim de ano e em 2023”.
Enquanto mais da metade dos clientes dizem que vão comprar online, o estudo da Criteo também descobriu que ainda há um subconjunto de consumidores que vão fazer compras na loja – 22% deles vão manter a tradição e adquirir itens nas lojas físicas. O número de pessoas que moram no Norte do país e que pretendem comprar produtos de forma presencial é maior e chega a 31%, em oposição às regiões Sudeste (21%) e Centro-Oeste (19%), que estão um pouco abaixo da média nacional.
Consumidores vão comprar mais cedo para economizar dinheiro
Conforme a pesquisa da Criteo, os brasileiros vão começar a planejar as suas compras com um mês de antecedência (45%), em novembro, o que coincide com a Black Friday e o Cyber Month, e 23% pretendem comprar dois meses antes, em outubro.
“Antes, era muito comum os brasileiros esperarem para fazer a maioria de suas compras de fim de ano na Black Friday, mas a combinação de mais promoções de varejistas ao longo do quarto trimestre e o crescimento do e-commerce no Brasil têm atraído os consumidores e feito eles comprarem mais cedo do que o habitual. Isso se alinha ainda com as tendências globais de compras que temos acompanhado”, afirma Cardoso.
Descontos e promoções também vão desempenhar um papel importante na forma como os consumidores decidem fazer compras. Segundo os dados da Criteo, eles vão optar por comprar um produto online se ele for mais barato do que em uma loja física (66%) e se houverem promoções ou cashback disponíveis nos aplicativos (54%).
Profissionais de marketing precisam entender a tendência do Commerce Everywhere
A Criteo também aponta para o crescimento de uma tendência que ganha cada vez mais força: o Commerce Everywhere. Quando perguntados por que preferem fazer compras na Internet, 57% dos entrevistados disseram que estão muito ocupados para fazer compras pessoalmente e 69,5% disseram que preferem evitar multidões.
“Sabendo que os consumidores não podem ou não querem ir em suas lojas físicas, os profissionais de marketing devem entender que cada segundo que um consumidor passa online agora é um momento de compra e planejar assim as suas estratégias para a temporada de vendas de final de ano com essa mentalidade”, aconselha.
Além disso, essa época de 2022 será impactada e ainda mais prolongada por um grande evento que movimenta o Brasil a de quatro em quatro anos: a Copa do Mundo. “A janela de compras de fim de ano começa agora antes da Black Friday, o que significa que os varejistas devem adotar uma abordagem mais ágil e orientada por dados para atrair consumidores e obter melhores resultados no último trimestre”, acrescenta Cardoso.
Metodologia
A pesquisa da Toluna foi realizada entre os dias 22 de agosto e 02 de setembro, com 1000 pessoas das classes A, B e C, segundo critério de classificação de classes utilizado pela ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, onde pessoas da classe C2 tem renda média domiciliar de R$ 4500 por mês. O estudo foi feito com pessoas acima de 18 anos, de todas as regiões brasileiras, com 3 pontos percentuais de margem de erro e 95% de margem de confiança.