O Papilomavírus Humano (HPV) é amplamente conhecido como uma infecção sexualmente transmissível, mas especialistas alertam que suas formas de transmissão vão além do contato sexual. Além disso, estratégias de prevenção incluem não apenas a vacinação, mas também o fortalecimento do sistema imunológico. No Brasil, a infecção pelo HPV (Papilomavírus Humano) é extremamente comum, afetando cerca de 9 a 10 milhões de pessoas. A taxa de infecção pelo HPV (papiloma vírus humano) na genital atinge 54,4% das mulheres que já iniciaram a vida sexual e 41,6% dos homens. Os resultados são da pesquisa nacional sobre o tema, encomendada pelo Ministério da Saúde e feita por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS).
Embora 99% dos casos de HPV estejam relacionados à transmissão sexual, há registros de infecções adquiridas por vias não sexuais. Crianças, por exemplo, podem contrair o vírus através do contato com objetos contaminados ou durante o parto, quando a mãe é portadora do vírus.
Mas como isso é possível? De acordo com a Dra. Carolina Orlandi, existem mais de 100 tipos de HPV. “Eles são geralmente classificados como HPVs cutâneos, que afetam a pele, por exemplo verrugas comuns, e HPVs mucosos que afetam a mucosa genital e oral. Alguns tipos de HPV, especialmente os tipos 16 e 18, estão associados a cânceres, incluindo câncer cervical, anal, peniano, de orofaringe e outros”, afirma ela.
A Dra. alerta que o comportamento silencioso do vírus também contribui para sua disseminação. “Muitas pessoas infectadas não apresentam sintomas. Isso torna o controle mais difícil e reforça a importância da vacinação e do rastreamento regular com exames preventivos”, completa Orlandi.
A prevenção do HPV não se limita à vacinação. Manter um sistema imunológico fortalecido é essencial para combater o vírus. Uma alimentação equilibrada, rica em vitaminas e minerais, aliada a hábitos saudáveis, pode contribuir para uma resposta imunológica mais eficaz.
A vacinação continua sendo a principal estratégia de prevenção contra o HPV. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente a vacina para meninas e meninos a partir dos 9 anos de idade. A imunização é eficaz na prevenção de diversos tipos do vírus, incluindo aqueles associados ao câncer do colo do útero.
“A informação é uma ferramenta poderosa na luta contra o HPV. Entender as diversas formas de transmissão e as estratégias de prevenção disponíveis é fundamental para reduzir a incidência do vírus e suas complicações associadas”, afirma a Dra.