Foto: Lu Barcelos
Artistas brasileiros e convidados de outros países estarão na 3ª Bienal Criança que, de 11 a 26 de outubro, realiza uma circulação pelo Estado, com espetáculos e ações formativas para público de todas as idades, em especial, as crianças. A programação acontecerá em Fortaleza, Paracuru, Trairi, São Gonçalo do Amarante, Pacatuba e Juazeiro do Norte. Tudo com acesso gratuito.
Nos palcos e praças, cerca de 50 apresentações serão realizadas, dos quais, 8 criações (4 Percursos de Criação e 4 Residências Artísticas), incentivadas pela Bienal Criança, parte integrante da VIII Bienal Internacional de Dança do Ceará – De Par Em Par, que trabalha a transversalidade das artes cênicas e visuais, como a dança, o teatro, o circo e o cinema. A 3ª Bienal Criança é apresentada pelo Ministério da Cultura e Petrobras, por meio do programa Petrobras Cultural.
Entre espetáculos de dança e outras linguagens das artes cênicas, residências artísticas, percursos de criação, oficinas, palestras, workshops, seminário, mostra de vídeos e visitas guiadas, serão cerca de 90 atividades, envolvendo mais de 100 profissionais. A expectativa é que o público alcançado seja em torno de 20 mil pessoas, em sua maior parte formada por crianças de bairros da periferia de Fortaleza e de cidades do interior do Estado.
Com este projeto, a Bienal de Dança busca conscientizar as crianças através da arte, da cultura, por meio das linguagens cênicas, como a dança e o teatro, com um olhar mais atento à acessibilidade e a inclusão de crianças neurodivergentes, pretas, indígenas ou que sejam alvo de discriminação na escola, na família ou na sociedade por qualquer outra condição. Além de ocuparem a plateia, elas exercem protagonismo na Bienal Criança.
NO INTERIOR
Priorizando este público, no primeiro final de semana, dias 11 e 12 de outubro, a 3ª Bienal Criança acontecerá em duas cidades do interior do Estado. A abertura oficial, na sexta-feira (11) será em Paracuru, às 19h, no Teatro David Linhares. Em Trairi, acontece nos dias 11 e 12 na Escola de Ensino Fundamental Jonas Henrique de Azevedo. No dia 15, a Bienal estará em São Gonçalo do Amarante, com apresentações no Ginásio Poliesportivo do CRAS.
Nos dias 21, 23, 24 e 26 de outubro a Bienal Criança acontecerá em Pacatuba, tendo como palco o Sobrado da Abolição e a Praça Mais Infância, ambos no Centro de Pacatuba, e o Centro de Artes e Esporte Unificado – CEU, no bairro Jereissati III. E nos dias 24 e 25, terá programação também no CCBNB Cariri, em Juazeiro do Norte.
EM FORTALEZA
Na capital, a Bienal Criança terá acontecerá entre 18 e 26 de outubro, concentrando-se mais fortemente nos Cucas José Walter, Jangurussu, Mondubim, Pici e Barra. Terá espetáculos ao ar livre na Praça do Ferreira, em parceria com o Cineteatro São Luiz, e na calçada do Theatro José de Alencar, e apresentações nos palcos do TJA, do Teatro B. de Paiva (Hub Cultural Porto Dragão) e Teatro Dragão do Mar (Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura), equipamentos geridos pela Secretaria de Cultura do Estado (Secult-CE).
ATRAÇÕES INTERNACIONAIS
A francesa Fanny Vignals, além da residência “R·Encontros”, apresentará o solo “Meu Lugar”, que é uma palestra performada onde conta sua trajetória entre culturas, danças contemporâneas e tradições afro-brasileiras.
Como já é tradição, a Bienal De Par Em Par se propõe a sair da caixa cênica e ir para a rua. Nesta edição dois convidados internacionais vão se apresentar ao ar livre. Da França, “L’Homme V.” da Cie 3.6/3.4, é uma performance acrobática e de dança para BMX e Violoncelo. Desde que começou no BMX e se tornou campeão francês e vice-campeão mundial, Vincent Warin desenvolveu uma pesquisa artística através da virtuosa exploração dos movimentos e da relação que pode existir entre um homem e uma bicicleta, entre um homem e uma máquina. Ele ajudou a levar o BMX para o campo da arte, dança, circo e teatro. A vinda da companhia à Bienal Criança é resultado de uma relação bilateral da Bienal de Dança com a França, que deverá se estender com outras ações em 2025, ano do Brasil na França.
De Portugal, “Kdeiraz”, de Natália Mendonça, aborda a relação com diferentes tipos de cadeiras. Em cena, ela é Josefa Pereira deparam-se com cadeiras comuns e fantásticas e tentam descobrir quais as possibilidades de brincadeiras que cada uma, com a sua forma e personalidade. Uma cadeira aranha gigante, outra que se esconde, outra que quebra e uma cãodeira. Ela pode virar montanha, violão, bicho. Pode ser perigosa ou aconchegante. Pode ter movimentos próprios e quem sabe… até voar. Aqui, a cadeira é protagonista nessa viagem e a grande propulsora de experimentações sem fim!
ATRAÇÕES CEARENSES E DE OUTROS ESTADOS
“Fica Comigo” é o novo espetáculo cênico contemporâneo dedicado ao público infantil dirigido por Daniel Calvet, do grupo Ateliê do Gesto, de Goiânia (GO), concepção dele e de João Paulo Gross.
“Mistérios de Fim-Fim”, um espetáculo de dança e teatro criado e interpretado por Fátima Macedo; “Favela: O Boom do Vixxi!” e “Volúvel” apresentados por alunas e alunos da Formação Básica de Longa Duração em Dança da Escola de Cultura e Artes do CCBJ; “Ondas de fuga”, obra coreográfica do Programa Corpo Artístico Jovem de Dança da Escola Pública de Dança da Vila das Artes, com concepção e direção coreográfica de Luiz Otávio Queiroz, que também apresenta “Lança”, dos coreógrafos Ana Catarina Vieira e Ângelo Madureira e direção de remontagem de Luiz Otávio Queiroz; “Rara”, do grupo No Barraco da Constância Tem!, com direção, dramaturgia e interpretação de Honório Félix e William Pereira Monte; “Revolução”, do Studio de Dança Aline Rodrigues; “Retalhos”com a Escola de Dança de Paracuru.
E mais, “O Barquinho e o Seu Pescador”, espetáculo infantil que tem como fio condutor um poema rimado e alinhavado com músicas lúdicas cantadas e tocadas ao vivo, ambos de criação e interpretação do diretor, ator e músico Evan Teixeira, somados a magia da manipulação do teatro de bonecos e sombras; “Napoleão”, texto e direção de Marcelo Romagnoli, com o grupo Pavilhão da Magnólia; “João Preguiça”, com a Cia Prisma de Artes, espetáculo que nasceu de um trabalho já existente do grupo, chamado “As Aventuras de João Sortudo”.
E mais, os Percursos de Criação “O que você tem na cabeça”, espetáculo do coreógrafo convidado Jorge Garcia com a Cia de Dança de Paracuru e a Escola de Dança de Paracuru; “Água Viva”, de Clarice Lima, Cláudia Pires e Rosa Ana Fernandes; “Alie e as estrelas”, do Teatro Máquina; e “A viagem de um barquinho”, do Pavilhão da Magnólia; além dos trabalhos resultantes das Residências Artísticas, entre os quais, “Pien”, da atividade conduzida por Alexandre Américo e Pedro Vitor; e “Bzzz…“, por Rosa Primo e Jônatas Joca.
HISTÓRICO das BIENAIS
A Bienal De Par Em Par foi lançada pela indústria da Dança em 2008 como um desdobramento da Bienal Internacional de Dança do Ceará, criada em 1997. A tradicional edição dos anos ímpares ganhava naquele ano uma versão diferenciada nos anos pares. Em 2020, contudo, como consequência do início da pandemia de covid-19, houve a necessidade de adequação nas datas dos dois projetos.
A 7ª Bienal de Par em Par foi adiada de 2020 para dois momentos em 2021: o mês de março, de forma online, com seminário e programação de videodança, e em agosto, com espetáculos em realidade virtual realizados no Theatro José de Alencar e exibidos no canal do projeto no YouTube. Em dezembro do mesmo ano aconteceu a 13ª edição do evento tradicional dos anos ímpares. A 8ª Bienal De Par Em Par foi realizada em outubro de 2022.
Também no contexto da pandemia, foi lançado em 2021 o “Dança Ceará Criança”, projeto de formação, criação, difusão e acessibilidade com foco na formação. Em março realizou atividades formativas online para educadores e público infanto-juvenil de Paracuru e Itapipoca e, no mês seguinte, contou com exibições no YouTube especialmente para público das duas cidades. Em abril de 2023, em sua segunda edição, o projeto passou a se chamar Bienal Criança e a integrar a Bienal De Par Em Par.
QUEM FAZ
Apresentada pelo Ministério da Cultura e a Petrobras, por meio do programa Petrobras Cultural, a 8ª Bienal Internacional de Dança do Ceará De Par em Par – Bienal Criança é uma realização da Indústria da Dança e do Governo Federal – União e Reconstrução, tendo como patrocinadores Energia Pecém e Petrobras, via Lei Federal de Incentivo à Cultura. Apoio: Complexo do Pecém, Governo do Ceará por meio da Cegás, da Secretaria da Cultura do Ceará, do Instituto Dragão do Mar, Centro Cultural Bom Jardim, Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Cineteatro São Luiz, Hub Cultural Porto Dragão, Escola Porto Iracema das Artes e Theatro José de Alencar. O projeto conta ainda com a parceria do Centro Cultural Companhia de Dança, em Paracuru; do Sobrado da Abolição /Centro Cultural Eduardo Campos, em Pacatuba; Coletivo Ramas; Prefeitura de Pacatuba; Prefeitura de São Gonçalo do Amarante; Prefeitura de Trairi; Prefeitura de Fortaleza; Instituto de Cultura, Arte, Ciência e Esporte; Rede CUCA; CEDECA Ceará; Centro Cultural Banco do Nordeste; Rede Ibero-Americana de Videodança; L’Abri; e Universidade Federal do Ceará (UFC). A Bienal Criança integra a Rede de Festivais de Arte e Cultura do Ceará – Rede FACE.
SERVIÇO
VIII Bienal Internacional de Dança do Ceará De Par em Par – 3ª Bienal Criança – De 11 a 26 de outubro de 2024 em Paracuru (11 e 12/out), Trairi (11 e 12/out), São Gonçalo do Amarante (15/out), Fortaleza (18, 22, 23, 24, 25 e 26/out), Pacatuba (21, 23, 24 e 26/out) e Juazeiro do Norte (24 e 25/out). A programação completa poderá ser consultada em breve no site www.bienadedanca.com e no Instagram @bienaldedanca. Informações: contato@bienaldedanca.com. Toda a programação tem acesso gratuito.