Cada vez mais mulheres estão ocupando cargos dentro da área de TI e se destacando em funções antes não ocupadas por elas e chegando inclusive em cargos de liderança. A BHS, do segmento de estratégia de tecnologia da informação (TI), tem se empenhado para mudar essa realidade. Para isso, a empresa vem trabalhando a diversidade, inclusão e promovendo ações de conscientização interna. Com o empenho da equipe da BHS, houve um crescimento no número de mulheres contratadas. Atualmente as mulheres representam 40% dos colaboradores da BHS e entre 20% e 31% são profissionais que atuam diretamente na área da TI. Entre os cargos de liderança e gestão, elas já ocupam 30% dentro da empresa e a tend&ecir c;ncia é que esse número aumente.
De acordo com a gerente de gestão de pessoas da BHS, Deise Souza, a procura de mulheres para as áreas de tecnologia na BHS vem crescendo. “Nos últimos anos temos focado cada vez mais em diversidade. Isso se torna um ciclo virtuoso, quanto mais a procuramos, mais mulheres buscam pelas nossas oportunidades”, ressalta.
O mercado também tem acompanhado o crescimento do número de mulheres no setor e as empresas responsáveis e preocupadas com diversidade e equidade de gênero têm criado espaços e programas voltados à atração de mulheres para a área. Na BHS, por exemplo, o programa Power Program for Girls, realizado em março de 2021, foi uma oportunidade e que gerou a inserção de mulheres para a área de Power Platform da BHS. Foram mais de 189 candidatas inscritas e 40 participaram da formação. Iniciativas como essa reforçam e potencializam o crescimento do número de mulheres no setor.
Para a Deise Souza, o apoio oferecido as mulheres para que elas cresçam e se desenvolvam faz toda a diferença no mercado de trabalho. “Na BHS, temos diversos programas de desenvolvimento e a participação das B.Techers é cada vez maior. No curso de inglês oferecido pela empresa, por exemplo, elas representam 55% dos participantes. Na BHS também temos profissionais da área de gestão de pessoas focadas em acompanhamento e coaching de colaboradores”, acrescenta
“Em termos proporcionais, as mulheres buscam muito mais esse acompanhamento do que os homens. Esse é um dado muito importante para nós, já que mostra que, na BHS, as mulheres se sentem apoiadas no seu crescimento pessoal e profissional. Nossas expectativas é que a TI se tornará cada vez mais feminina e diversa. Acreditamos que as mulheres ocuparão cada vez mais espaço. Com o tempo, teremos muito mais mulheres em funções seniores e de liderança no setor. No que depender da BHS, isso ocorrerá o mais breve possível.”, diz Deise Souza.
A Product Designer (UX/UI), Jade Diniz, ressalta que é importante ter um maior incentivo para mulheres se profissionalizarem na área de TI e vagas afirmativas voltadas ao público feminino. Conscientização dentro da empresa para gestores sobre a importância de incluir diversidade nos times. “Ser uma mulher hoje trabalhando com tecnologia não é algo fácil na maioria das vezes.Infelizmente, ainda precisamos lutar um pouco mais do que os homens, mas não quer dizer que seja impossível. Se você gosta ou tem interesse, siga seus sonhos e trace seus objetivos, pois existem poucas profissões que te permitam inúmeros caminhos como a tecnologia permite”, diz Jade.
Para a Desenvolvedora Mobile Pleno III, Quellen Rodrigues Ferreira, mesmo no século 21, ainda existe um preconceito em relação à mulher no mercado de trabalho exercendo algumas funções, não somente na área de tecnologia. “É uma área em que sempre foi encontrado mais homem do que mulher. Um exemplo claro disso, eu era a única mulher da minha turma de 40 alunos e foi assim até o final do período. Há oportunidades para todas as mulheres na TI”, acrescenta Quellen.
Para a Desenvolvedora de software, Letícia Teixeira de Barros,a carreira de tecnologia tem se tornado conhecida agora. “Pelo menos para as mulheres, falando da própria experiência e daqueles com quem eu convivo. Por isso, a carreira na tecnologia não é uma profissão super desejada, que você sonha desde criança. Assim, temos muitas mulheres no mercado que vem a se interessar pela área já mais velha e só ali vão começar a construir uma base para a carreira. Já os homens que vão para área, geralmente, desde criança possuem esse interesse pelos jogos de computadores ou pelo computador. Eles vão descobrindo e desenvolvendo esse interesse. Mas isso não é considerado “coisa de mulher”, então não vivemos essa experiência. Para mim entramos no mercado já com uma certa desvantagem. Sem contar que geralmente somos desencorajadas ao escolher essa área, pelos professores de faculdade, pelos colegas e às vezes até pela família. É de extrema importância mais projetos formadores para trazer mulheres para a tecnologia, principalmente com o apoio das empresas, que a cada dia que passa precisam de mais profissionais e tem mais dificuldade de encontrar”,destaca Letícia.
De acordo com a Desenvolvedora de software,não é somente para ensinar a codificar, mas também para mostrar para essas mulheres como é essa área, o que é, e que podemos sim conquistar esse espaço. Mostrar para elas que ocupam esse espaço, com sucesso. E oferecer também oportunidades reais de inserção no mercado. “O que mais falta para as meninas, é conhecer a área, saber que é uma possibilidade. Já inserir a tecnologia desde cedo em suas vidas, mostrando que é uma possibilidade a seguir no futuro, já é um empoderamento. Mas também ensinar os fatos, mostrar as grandes mulheres que tivemos nessa área, mostrar também mulheres reais e não só as históricas, que fazem história hoje. Isso aume ntaria a confiança dessas meninas para poder seguir essa profissão”, ressalta Letícia Teixeira de Barros.