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    Hidrogênio de baixa emissão de carbono: Ceará e Bahia têm potencial para serem polos importantes no Brasil

    O estudo Cenários de descarbonização: oportunidades e incertezas da precificação de carbono Strategy & 2023, indica que os próximos anos serão marcados por esforços mundiais para a descarbonização com o objetivo de reduzir o aquecimento global. Ainda de acordo com o estudo, o Brasil tem grande potencial de produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono, devido a abundância de recursos naturais para a produção do combustível a custo competitivo. Além disso, a matriz elétrica brasileira é uma das mais limpas do mundo, com cerca de 85% da energia proveniente de fonte renovável, em contraste aos 30%-40% de outras grandes economias mundiais.  

    O estudo da PwC também aponta que o hidrogênio de baixa emissão de carbono tem potencial para descarbonizar diversos setores, principalmente a indústria química, a petroquímica e as indústrias de metais e de cimento. Conforme o levantamento, até 2030, a demanda por hidrogênio crescerá a um ritmo moderado e constante, com base em muitas aplicações de nicho nos setores industrial, de transporte, energia e aquecimento residencial e comercial.

    A região Nordeste, de um modo geral, pode ocupar uma posição estratégica para que o país consiga a neutralidade de carbono e desponte como um dos principais players do mercado de hidrogênio de baixa emissão de carbono no mundo. Atualmente, a região é responsável pela produção de cerca de 80% da energia renovável do país – e há possibilidade para ampliação desse potencial.  

    “Neste contexto de produção de energia renovável, o Nordeste tem condições de atrair novos investimentos para a descarbonização, podendo, inclusive, implementar negócios como os data centers, que consomem muita energia e poderão se beneficiar de uma proximidade da região geradora, maximizando o empreendimento”, explica Vandré Pereira, sócio de Tributos para o setor de Energia da PwC Brasil.

    Bahia e Ceará são mercados importantes

    No Nordeste, Bahia e Ceará são estados com potencial para ocupar posição de destaque no setor. A Bahia, por exemplo, já é responsável por, em média, 30% de toda a energia eólica e 20% de toda a energia solar que é consumida no Brasil, segundo informações da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, a partir de dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A matriz elétrica estadual é mais de 90% renovável.

    Vandré Pereira destaca, ainda, a importância dos portos baianos nesse contexto: “Além de todo o avanço na produção de energia renovável, a Bahia conta com portos importantes, como o de Salvador, Aratu e Ilhéus, que já possuem uma boa estrutura para escoar o hidrogênio para o mercado internacional”, analisa o sócio da PwC Brasil.

    No caso do Ceará, sua posição geográfica favorece o modelo de exportação, devido a sua maior proximidade com as rotas marítimas para a Europa. Um bom exemplo disso é a decisão de empresas do mercado que investiram em projetos de H2V no Porto de Pecém. Caso a cadeia de hidrogênio de baixa emissão de carbono se consolide no Ceará, Vandré Pereira diz que “haverá um impulso em toda a cadeia de suprimentos, nos serviços em portos e logísticas, atraindo profissionais capacitados e a necessidade de investimentos em cursos, formações compatíveis, além da possibilidade de atrair novas indústrias que precisem descarbonizar suas operações, criando uma roda contínua de desenvolvimento para o estado”.

    Definição de papéis

    Com a recente sanção do marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono, a infraestrutura de transporte e armazenamento do hidrogênio serão alguns dos desafios para o desenvolvimento do hidrogênio sustentável no país. De acordo com Vandré Pereira, a ação de entes público e privados têm papel crucial nesse processo. “Cabe ao setor privado verificar a sua posição no mercado de carbono, se serão compradores, ou vendedores, planejando, assim, estruturas e arranjos societários de forma a estarem preparados a operar”, afirma.  

    Quanto aos entes públicos, ele diz que estes “podem atuar de forma a atrair os agentes interessados na formação de toda a infraestrutura necessária para potencializar essa agenda, cuidando do escoamento (transmissão) da energia, abrindo perspectivas de investimentos no armazenamento de energia, de forma a garantir a resiliência e o consumo de energia sem qualquer intermitência”.

    O especialista também diz que tratar essa agenda pela via do hidrogênio de baixa emissão de carbono é uma estratégia importante. “Pois não restringe a política nacional apenas a fontes como solar ou eólica, mas pode alcançar todas as demais fontes de energia que temos no país, e, assim, poderemos viabilizar ainda mais investimentos, atrair mais players, e contribuir de forma significativa com a transição energética”, avalia.

    By Jordan Vall

    É Jornalista, com uma maior atuação na cultura e entretenimento. Deu início a sua carreira na televisão na TV Unifor, como produtor, repórter e apresentador do principal jornal da emissora universitária. O profissional já foi produtor e comentarista de um quadro do Programa Matina, na TV União. No “Deu O Que Falar”, quadro semanal da emissora aberta, comentava sobre o mundo dos famosos, levava pautas relevantes para a sociedade, através das notícias das celebridades. Foi durante 2 anos, produtor, diretor e repórter na TV Otimista e atualmente é assessor de comunicação, CEO na Assertiva Comunicação e Colunista do Portal Conexão Magazine (Portal de Notícias no Rio de Janeiro). Como amante da moda, foi convidado para ser jurado da 6ª edição do Salão de Moda Ceará. Além de todas essas atuações, Jordan é CEO/Fundador e repórter no In Fluxo Portal, tratando de pautas culturais, cobertura de eventos e muito mais. O profissional também atua como modelo e influenciador digital.Instagram: @jordan_vall / contato comercial: jordanvall@influxoportal.com

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