Formada por 16 musicistas, a banda Emmbra Big Band lança seu primeiro EP num show com repertório de obras de compositoras brasileiras, nesta quarta-feira, 27 de março, no Espaço Cultural BNDES, com entrada gratuita.
Dezesseis musicistas e um repertório composto só por obras de compositores brasileiras. Esse é o projeto da Emmbra Big Band, que se apresenta na próxima sexta-feira, dia 22, às 19h, no Espaço Cultural BNDES, com entrada gratuita!
O show marca o lançamento do primeiro EP da banda, com quatro músicas: “Trilhos de Itatinga”, de Débora Gurgel; “Helen”, de Gaia Wilmer; “Rascunho 3”, de Louise Woolley; e “Toada para Sojourner”, de Aline Gonçalves.
Idealizada pela flautista, clarinetista, arranjadora e compositora Aline Gonçalves, a Emmbra Big Band é mais um braço do projeto Emmbra – escritas musicais de mulheres brasileiras, que nasceu em 2020, como uma página web em que Aline e equipe hospedaram mais de 100 partituras de música instrumental de compositoras das cinco regiões do país, além de fotos e biografias delas. Em seguida, o songbook virtual virou livro físico e foi distribuído em escolas e universidades de música.
A ideia de formar uma big band nasceu da vontade de fazer que essas composições pudessem ser ouvidas em arranjos cuidadosos e execuções sensíveis. É esse trabalho que será lançado no show do dia 22, quando o público vai ouvir as quatro composições – de Débora Gurgel, Gaia Wilmer, Aline Gonçalves e Carol Panesi – gravadas no primeiro EP e mais outras do songbook que foi vencedor do Prêmio Profissionais da Música 2021.
“Somos a primeira Big Band carioca formada apenas por mulheres e a primeira big band brasileira a ter um repertório exclusivamente formado por composições feitas por mulheres. É uma alegria gigante e ao mesmo tempo um pequeno passo rumo a equidade de gênero na música”, empolga-se Aline Gonçalves, que é bacharel em flauta pela UniRio, licenciada em música pela UFRJ e pós-graduada em educação musical pelo Conservatório Brasileiro de Música.
Repertório
“Trilhos de Itatinga”, de Débora Gurgel (Arr. Débora Gurgel)
“Helen”, de Gaia Wilmer (Arr. Mariana Zwarg)
“Rascunho 3”, de Louise Woolley (Arr. Gaia Wilmer)
“Toada para Sojourner”, de Aline Gonçalves (Arr. Gaia Wilmer)
“O ar da graça”, de Marlene Souza Lima (Arr. Mariana Zwarg)
“Insólito”, de Kalu Coelho (Arr. Aline Gonçalves)
“Sapateando na Chora”, de Laila Aurore (Arr. Bia Paes Leme)
“Chegada”, de Luísa Mitre (Arr. Débora Gurgel)
“De volta ao Ceará”, de Carol Panesi (Arr. Carol Panesi)
Ficha técnica do show
Aline Gonçalves – flautas
Denize Rodrigues, Mônica Ávila, Joana Saraiva, Dani Spielmann – flautas e saxofones
Daiana Broedel, Bianca Santos, Sara Leite, Guta Menezes – trompetes
Kethin Iasmin, Kátia Preta, Juliana Gomes – trombones
Mariana Trigo – tuba
Cristina Bhering – piano
Camila Rocha – baixo
Georgia Camara – bateria
Serviço:
EMMBRA BIG BAND
Dia 27 de março, quarta-feira, às 19h
Espaço Cultural BNDES
Avenida República do Chile, 100 – Centro
Próximo ao metrô Carioca – Acesso B
Classificação: LIVRE
Entrada Gratuita
Sobre Aline Gonçalves
Flautista, clarinetista, arranjadora e compositora, Aline é bacharel em flauta pela UNIRIO, licenciada em música pela UFRJ e pós graduada em educação musical pelo Conservatório Brasileiro de Música. Foi uma das fundadoras da Itiberê Orquestra Família, na qual permaneceu por seis anos, tendo gravado os dois primeiros discos do grupo. Dentro da Escola da Música Universal, também participou da gravação do disco de Hermeto Pascoal e Grupo, Mundo Verde Esperança, lançado pelo Selo Rádio Mec.
De 2005 a 2007 viveu no Chile, onde desenvolveu um contato profundo com a música latino-americana e criou o premiado projeto Verdevioleta – Creaciones Sobre Música de Violeta Parra. Desde sua volta ao Brasil, em 2008, atua na cena instrumental e da canção como instrumentista e arranjadora. Dentre os trabalhos realizados, destacam-se a participação em shows de Carlos Malta e Pife Muderno + Lenine, a turnê por oito países da América Latina, realizada dentro do projeto Ensamble Nuevo, comemorando o bicentenário da américa hispânica, o encerramento do Festival Villa-Lobos de 2016, tocando a duo com Egberto Gismonti e a comemoração do centenário de Violeta Parra, tocando junto a sua neta, Tita Parra, e Mônica Salmaso.
Na busca por atuar na luta por direitos por meio da arte, participou, em 2017, da fundação do Coletivo Essa Mulher, dedicado ao fomento da produção musical feminina no Rio de Janeiro e, em 2018, passou a fazer parte do grupo El Efecto. Em 2020, passou a integrar a banda de Roberta Sá, no projeto “Pra nunca se acabar”, coordenou a classe de flautas do FIMUCA e criou a EMMBRA – Escritas Musicais de Mulheres Brasileiras, um songbook de composições instrumentais feitas por musicistas brasileiras, projeto vencedor do Prêmio Profissionais da Música 2021 – categoria livros musicais.
Foi contemplada com os prêmios “Ondas da Cultura” com o seu projeto a duo, “Brevidade”; “Ibermúsicas” – com o projeto “Dímelo”, de colaboração com músicos do Peru e Chile, e recebeu uma bolsa de composição do Goethe Institut, para trabalhar com a cellista alemã Susanne Paul. Em maio de 2022 lançou pela YB music seu disco autoral Pacífico, se apresentando no Rio de Janeiro, Paraty (Flip) e São Paulo (Instrumental Sesc Brasil). Em 2022/23 passou a integrar a banda da multiartista Lívia Mattos, o projeto “Pagode, Preta”, de Tereza Cristina, e a atuar na peça “Museu Nacional – todas as vozes do fogo, da Cia. Barca dos Corações Partidos.
Já tocou em diversos países da América – como Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Venezuela, Colômbia, Estados Unidos – e da Europa – Portugal, Espanha, França, Suíça e Alemanha.