Para aqueles que usam óculos ou lentes de contato é comum frequentar com regularidade o consultório do médico oftalmologista. Para aqueles que não apresentam sintomas significativos é ainda mais comum cometer o erro de não fazer um acompanhamento apropriado. De acordo com o último levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% dos casos de deficiência visual existentes no mundo poderiam ter sido evitados, por serem possíveis de prevenir e tratar, quando diagnosticados precocemente.
Segundo o médico oftalmologista e membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), Giuliano Veras, a maioria das doenças oftalmológicas são silenciosas. “Mesmo silenciosas, prestar atenção em sinais do corpo podem ligar o alerta necessário para levar o paciente a uma consulta, assim, identificando e prevenindo problemas oculares mais graves”, explica.
Sintomas de alerta
Entre os mais comuns, Giuliano cita os quatro que se destacam. Apesar de terem diversas causas, dores de cabeças constantes podem ser um sinal de problema de visão, especialmente se a dor for sentida na região frontal.
Se aproximar ou se afastar de objetos para poder vê-los melhor é um forte indicativo de problemas de visão. A irritação ocular também é um dos sinais mais comuns, entre elas, o olho seco chama atenção.
Caracterizada como uma doença que pode inflamar e danificar os olhos, a doença de olho seco pode ocorrer por uma alteração interna ou por fatores externos.
Por último, a sensibilidade à luz pode ser um sinal de astigmatismo. Os sintomas mais comuns são a dificuldade em tolerar luzes brilhantes ou ambientes bem iluminados.
Prevenção
Manter a higienização em dia é uma das atitudes preventivas mais simples. “A recomendação é que a higienização ocular seja feita, preferencialmente, duas vezes ao dia, pela manhã e à noite, junto da higiene do rosto”, detalha Veras. Além dela, o atendimento por um especialista pode ser a garantia da descoberta precoce de doenças que, em estágio mais avançado, poderiam ser um risco para a perda da visão. Veras indica que o ideal é ter esse contato com o médico periodicamente, pelo menos, uma vez ao ano.