As criptomoedas são ativos digitais que têm valor, podem ser utilizadas para transferir valores, acessar serviços e até ser uma forma de investimento, embora arriscado. São ativos descentralizados, sem necessidade de instituições financeiras tradicionais para efetivarem as transações, cujos proprietários têm total autonomia sobre eles, por isso, para alguns, o Bitcoin é considerado uma reserva de valor, como proteção contra uma recessão global, por exemplo.
Considerações válidas para as criptomoedas fora do ambiente de corretoras. Com a edição da recente Medida Provisória 1172/23, os criptoativos passam a ser considerados ativos financeiros.
A CBDC (moeda digital estatal), como o DREX (Real Digital), não é uma criptomoeda. O DREX nada mais será do que o Real emitido de maneira digital pelo Banco Central do Brasil, assim como, as demais moedas digitais estatais emitidas por outros países e, todas liquidadas e compensadas pelas instituições financeiras para seus clientes. As CBDCs tenderão a diminuir a autonomia, facilitará um possível controle de saque pelo proprietário, aumentará o monitoramento das operações, pois serão facilmente rastreáveis, com o consequente aumento do controle do cidadão pelo Estado.
Já as stablecoins que são criptomoedas pareadas ao dólar, como a USDT, USDC, UXD etc, ou pareadas a outros ativos reais, estão ganhando espaço em transações mundiais e têm chamado atenção de órgãos e agências reguladoras em vários países. Pois são ferramentas e soluções tecnológicas para proteger ativos de instabilidade econômica, driblar a dificuldade ao acesso bancário por certas pessoas, evitar desvalorização da moeda etc.
Possivelmente, no futuro, países em bloco poderão emitir suas moedas digitais pareadas que disputarão a hegemonia na economia mundial. Enquanto isso, as criptomoedas serão o escape e a liberdade de investidores menos conservadores, em razão da descentralização que elas oferecem. Embora, não sejam ativos tão fáceis de adquirir, vender, administrar e investir pela grande maioria da população, já que é essencial um conhecimento razoável de tecnologia e desse tipo de ativo para geri-lo adequadamente. Hoje, as criptomoedas são mais uma forma de diversificação no portifólio financeiro, apesar da altíssima volatilidade, e servem como uma reserva de emergência.