Para além de cuidados básicos e avançados com a saúde no ambiente doméstico, o home care introduziu-se no mercado como um serviço que promove a restauração, promoção e manutenção do bem-estar humano. Junto ao atendimento médico por demanda, a modalidade também oferece aos pacientes a possibilidade de internação domiciliar. Segundo dados publicados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), por meio do Mapa Assistencial da Saúde, em 2018, no segundo semestre, foram feitas 98.556 internações domiciliares no Brasil.
Dra. Lara Santiago, diretora da Kefi Saúde, empresa de home care pioneira na internação psiquiátrica domiciliar, esclarece que dentre as principais motivações para escolha do serviço, a mais considerada por médicos, pacientes e familiares seria a promoção da humanização no processo de recuperação do enfermo. A profissional pontua que é necessário a verificação prévia de alguns pontos cruciais.
“A priori, o paciente precisa estar estável clinicamente para ser transferido para o seu domicílio. Há a necessidade também da solicitação médica apontando quais serão os tipos de cuidados com o paciente em casa. Para o acompanhamento constante dos profissionais de saúde in loco, a home care deve realizar uma avaliação para confirmar os procedimentos a serem continuados em casa”, pontua Dra. Lara.
A profissional aponta ainda que a internação em casa abrange diversos casos de saúde, sendo alguns exemplos:
- Pacientes ostomizados (colostomia, traquestomia, gastrostomia dentre outros);
- Pacientes com necessidade de uso de ventilação mecânica invasiva contínua;
- Pacientes com necessidade de atenção nutricional permanente ou transitória (via artificial de alimentação);
- Reabilitação de pacientes com deficiência permanente ou transitória, e que necessite de atendimento contínuo;
- Acompanhamento de ganho de peso de recém-nascidos de baixo peso;
- Recuperação pós-cirúrgica;
- Adaptação de pessoas ao uso de órteses/próteses;
- Pacientes com necessidade de cuidados paliativos;
Em suma, o home care atua como uma alternativa para a realização de cuidados contínuos e personalizados que não necessitem exclusivamente da estrutura de um hospital, como aponta a Dra. Lara. “Acredito que, quando bem indicada e realizada com uma equipe multidisciplinar capacitada, a internação domiciliar pode trazer benefícios significativos para a recuperação e qualidade de vida dos pacientes, proporcionando-lhes a oportunidade de receber cuidados médicos especializados no conforto e familiaridade de seu próprio lar”, finaliza a especialista.
HOME CARE – Contexto e benefícios
O home care, também conhecido como cuidados domiciliares, é um sistema de atendimento médico que vem ganhando cada vez mais destaque nos últimos anos. A modalidade nasceu da necessidade de proporcionar um ambiente mais acolhedor e familiar para pacientes que demandam cuidados contínuos, sejam eles idosos, portadores de doenças crônicas, pessoas em situação de pós-operatório, entre outros casos que requerem acompanhamento profissional.
Os serviços oferecidos no âmbito do home care são diversificados e abrangem uma gama de profissionais de saúde, como enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas e assistentes sociais. A equipe multidisciplinar trabalha em conjunto para garantir uma assistência completa e personalizada, que atenda às necessidades específicas de cada paciente.
As atividades desenvolvidas variam conforme a condição do paciente, podendo incluir:
- Monitoramento da saúde, incluindo sinais vitais e medicação;
- Cuidados de higiene e alimentação;
- Fisioterapia e reabilitação;
- Tratamento de feridas e curativos;
- Acompanhamento psicológico e emocional;
- Orientação familiar e cuidados paliativos, quando necessário.