Manter a saúde em dia é essencial em todas as fases da vida, mas para quem já passou dos 60 anos este é um fator ainda mais importante. E não é só cuidar do corpo, não! A saúde mental também precisa de atenção e cuidado. Por isso, é preciso colocar em pauta atividades que promovam bem-estar e ao mesmo tempo auxiliam no bom funcionamento do cérebro, mantendo a mente sempre ativa. A prática de exercícios físicos também ajuda a manter a mente saudável e contribui no tratamento de doenças como a hipertensão, o diabetes e a depressão.
Para o cardiologista Augusto Vilela, manter corpo e mente saudáveis é sinônimo de longevidade com qualidade de vida. “A população de idosos vem aumentando muito e alguns problemas de saúde são mais comuns de aparecer a medida em que o corpo envelhece, ou seja, após os 50, 60 anos, como a hipertensão, que acomete 60% da população idosa do Brasil. Levar uma vida ativa com hábitos saudáveis desde jovem é um bom caminho para prevenir doenças e chegar na velhice com mais vitalidade. Mas sempre é tempo de mudar de hábitos e quanto antes as pessoas adotarem um estilo de vida mais saudável, menor o risco de desenvolver determinadas doenças no futuro”, explica o médico.
De acordo com o último Censo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 15,2 % da população brasileira é composta por pessoas acima dos 60 anos, ou seja, mais de 33 milhões de idoso. Porém, os idosos hoje são muito mais ativos do que no tempo dos nossos avós. “O aumento da expectativa de vida da população, o acesso a vacinas, saúde, etc. são alguns facilitadores para uma velhice mais saudável e ativa. Hoje é muito mais comum encontrarmos pessoas acima dos 60 nas academias, parques e praças praticando atividade física do que há 30 anos atrás, por exemplo. Porém, o sedentarismo ainda é um grande vilão da boa saúde e atrelado a isso, doenças como a hipertensão e o diabetes podem surgir. Com isso, o risco do idoso apresentar alguma cardiopatia ou mesmo morrer em função de um infarto ou AVC, por exemplo, aumenta; já que a hipertensão e o diabetes são fatores de risco para doenças cardiovasculares”, alerta.