Jogadas em campo, coletivas de imprensa e assessoria, era disso que dependia a reputação de um atleta ou clube antes da era digital. Contudo, com a evolução tecnológica e a chegada das redes sociais, o marketing esportivo foi obrigado a mudar de estratégia.
Somada a esse desenvolvimento e a criação de novas tecnologias e plataformas, veio a era da Big Data. Fotos, vídeos e aparelhos conectados à internet provocaram uma verdadeira revolução no volume de arquivos digitais e na velocidade de compartilhamento desses materiais. E, nessa corrida de crescimento, o marketing não pode ficar para trás.
Em meio à competitividade do cenário esportivo, com torcedores extremamente engajados, a situação se intensifica. Transmissões de jogos semanais, ações com patrocinadores e até consolidação de material histórico mostram que, para se destacar no meio, é preciso organizar todo esse conjunto de dados.
Nesse sentido, o Digital Asset Management (DAM) faz toda a diferença quando entra em campo. Por meio desse sistema, equipes esportivas têm a chance de gerenciar e distribuir em escala – de forma mais eficiente – todos os seus materiais, desde imagens e vídeos até logotipos e gráficos. Tendo em vista que a ferramenta aumenta a capacidade de geração de conteúdo, o clube intensifica sua comunicação com seus torcedores, público cada vez mais engajado e “sedento” por imagens de jogadores, lances, celebrações históricas e outras conquistas.
Para mais, não são apenas arquivos recentes que têm seu acesso facilitado, o acervo histórico do time, que muitas vezes se perde entre periódicos e documentários, fica ao alcance dos profissionais responsáveis.
Além disso, o uso de um sistema DAM possui impacto no faturamento da marca. A visibilidade e a consolidação da imagem de um time, causados pelo gerenciamento estratégico desses conteúdos, atuam diretamente no engajamento e, consequentemente, nas vendas do clube.
O Flamengo, por exemplo, foi um time que experienciou isso recentemente. Investindo em DAM desde 2022, ele é, atualmente, o clube com maior número de interações nas redes sociais da América, e está entre os cinco clubes esportivos mais populares do mundo no Twitter. Nesse mesmo ano, o time faturou R$1,177 bilhão, atingindo a maior receita da sua história.
A partir disso, fica claro que, além da escalação dos jogadores, o gerenciamento de ativos digitais precisa fazer parte da equipe, porque hoje não atua apenas como um adereço, mas sim como um elemento central dentro de uma estratégia de impulsionamento do clube, organização esportiva ou, até mesmo, um atleta.
Adalberto Generoso é cofundador e CEO da Yapoli, principal referência em gestão de ativos digitais do Brasil, uma das 100 Startups To Watch 2022 da Pequenas Empresas & Grandes Negócios, Startup destaque do ano pela Darwin Startups e TOP 6 Martechs da 100 Open Startups. É empreendedor serial e tem mais de 10 anos de experiência do marketing ao digital. Já ganhou 3 Cannes Lions e mais 10 prêmios internacionais de publicidade digital. Foi um dos idealizadores do GuiaBolso e ex-sócio e CMO da Cheftime, foodtech adquirida em 2019 pelo GPA. Além disso, é mentor de marketing, tecnologia e growth para empresas e atua como palestrante para a turma do curso de Marketing Digital do Núcleo de Empreendedorismo Tech da USP.